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AMAR DEMAIS CAP 4
DE PAULO FOG E IONE AZ
paulo azambuja

Resumo:
EXCELENTE

5



              O caminhão é coberto pela lona amarela, Adrian ali no carro que fora emprestado por um amigo, ao lado Sandra, no banco de trás Priscila e os filhos, ainda a dividir o espaço com uma tv de 20 polegadas.
    - Vamos filho.
    - Sim mãe.
    Em outra cidade, recomeço, 1 mês depois Adrian parte para a Espanha com 2 amigos, Priscila arruma emprego em uma clinica como enfermeira, aos poucos a vida vai se concertando, Sandra faz bolos, salgados nos momentos que os bebês dormem, logo conseguem vaga para eles na creche.
    Aos fins de semana, Priscila e mãe levam os filhos para um parque onde sempre Pri retorna ao inicia da noite para casa já embriagada.
    Certo dia após lavar a louça do almoço, Sandra ouve o bater de palmas, vai atender e ali no portão, Márcio com 3 malas.
    - Amor.
    - Como soube que eu estou aqui?
    - Não vai me convidar para entrar?
    - Me desculpe.
    Ela sai da porta e logo retorna com as chaves, abre o portão e ali mesmo recebe beijos e abraços.
    Malas na sala, roupas pelo caminho e Sandra se entrega ao prazer do corpo com seu homem.
    - Fala logo que estava morrendo sem mim.
    - Seu cafajeste, você desapareceu.
    - Estive no Paraná.
    - Sei...
    - Sério, Ponta Grossa.
    - Fazendo...
    - Uma viagem.
    - Sério?
    - Te amo mulher, olha eu aqui.
    - Sei, mais e agora, Pri mora aqui.
    - Tô sabendo, melhor a gente arrumar um canto para a gente.
    - Tá falando sério Márcio?
    - Cara, o que mais tenho de fazer, olha eu aqui.
    - Não tô acreditando. O homem cobre Sandra ali de beijos pelo corpo da mulher que se descontrola, mais uma sessão de transa, ali deitados nús, ela mexe nos cachos do cabelo dele.
    - E agora Márcio?
    - Fica tranquila, vai dar tudo certo, amor.
    - Será?
    - Trouxe uma grana. Ele tira de uma sacolinha plástica preta 3 maços de dinheiro e entrega para ela, despejando no corpo de sua amada que vibra em felicidade.
    - Corre vamos logo comprar umas coisa para nossa nova casa.
    - Tá bom.
    Sandra caminha com Márcio pelo centro comercial, faz compras inclusive de mercado.
    No retorno passa na creche e ali avisam que prisicla já os levou.
    Ali na área, Pri sentadam um dos filhos a chorar.
    - Filha.chão.
   
    - Onde você foi mãe?
    - Fomos bem....
    Priscila vê Márcio ali na frente.
    - O que esse cara tá fazendo aqui?
    - Ele veio morar comigo.
    - Morar?
    - Olhe Pri, sou mulher, preciso de um companheiro, Márcio é o cara, o cara que eu quero, entende.
    - Tudo bem vou alugar um lugar para mim e os meninos.
    - Não precisa, a gente fica junto, vai dar certo, filha.
    - Não mãe, com este cara, não.
    - O que você tem contra o Márcio, vai fale logo.
    Pri ali em silêncio lhe passa um filme de certo momento que lhe causara certo horror.
    - Olhe vou deixar os meninos com a senhora, já eu venho.
    - Onde você vai filha?
    - Logo eu venho. Ela entrega um para Sandra enquanto o outro dorme ali na coberta no chão.
    - Pronto, o problema sou eu, eu saio.
    Ela passa por Márcio que diz aquilo e permanece o silêncio.
    Quase 2 horas depois ela chega com algumas sacolas.
    - Onde você vai filha?
    - Amanhã eu me mudo com meus filhos.
    - Filha.
    - Já esta certo mãe.
    - Você fica, o Márcio foi embora.
    - O quê?
    - Tem uns 20 minutos, ele foi de táxi.
    Pri sai dali jogando as sacolas no tapete, em alguns minutos esta na rodoviária.
    - Márcio.
    - Sabia que ia vir atrás de mim.
    - Seu canalha. Ela esbofeteia ele ali, alguns passageiros veem aquilo porém não interferem.
    - Por que tinha de vir?
    - Sabe uma pena, os garotos não são meus?
    - Cafajeste.
    - Fique calma, olha o papelão que esta fazendo, não é do seu feitio.
    - Seu desgraçado.
    Ao longe, Sandra observa aquilo, lágrimas descem de seus olhos.
    - Eu espero, de coração, que você seja homem suficiente para nunca mais perturbar a minha mãe, minha família, entendeu.
    - Não entendo o por que de tanto ódio, afinal, se aconteceu, fooi por que os dois quiseram. Outro tapa e pri sai dali, após andar alguns metros ali encostada a um poste, Sandra chora.
    - Mãe.
    - Vai diz, diz logo que você saiu com ele.
    - Mãe, por favor.
    - Sua puta, vagabunda, teve coragem disso.
    - Eu não quis....
    - Não quis, o quê, filha ingrata, maldita.
    - Mãe.
    - Como pôde Pri, como pôde, tanto homem, tanto macho, mais tinha que ser com o meu, tinha que ser com o Márcio....
    - Ele me violentou. Sandra cai no chão, leva as mãos a face, Pri abraça a mãe ali no chão.
    - Não, não pode ser, você mente, você é mentirosa, sempre foi assim, mentirosa.
    - Mãe.
    - Cale a boca, cala essa maldita boca.
    - Ele me estrupou.
    - Não. Grita Sandra.
    Sandra dá um tapa na cara da filha que cai e ali as 2 iniciam uma briga, logo uma viatura pára ali.








                                   6




             Na viatura, nenhuma palavra, na delegacia ambas assinam um termo e são dispensadas.
     Kauã e Kauê ali ao choro, sob o cuidado de Pietra, filha do dono do bar da esquina.
     - Enfim chegaram, eles estão com fome.
     - Obrigado. Agradece Pri a garota, Sandra entra no quarto e logo retorna dando 20 reais para a garota.
     - Obrigado D. Sandra.
     - Eu que agradeço filha.
     A moça sai dali, minutos depois Pri vem com 2 mamadeiras e entrega uma para a mãe que alimenta Kauê, Kauã ali acaricia o rosto de Pri enquanto recebe sustento lácteo.
     - Quando foi?
     - Quer mesmo saber?
     - Quando?
     - Poucos dias depois daquela festa, daquele churrasco em casa.
     - Filho da puta, como não percebi.
     - Eu estava vindo do serviço, ele me parou naquele beco.
     - Cafajeste.
     - Tentei gritar, ele me disse que te faria mau...
     - Como ele pôde...
     - Mãe, foi você mesma que disse, homens são sempre animais selvagens se tratando de aguns assuntos.
     - Me perdoe.
     - Eu que tenho de lhe pedir...
     - Por favor, já basta aquela cena. Risos ali delas.
     Os meninos dormem ali, Sandra toma cerveja sentada á porta da cozinha, escorada no batente, Pri traz uma porção de linguiça frita, acende um cigarro que elas dividem os tragos.
     - Já cansei de te dizer, pare com este cigarro, você ainda amamenta.
     - Coisa mais dificil, eles quase não querem meu leite mais.
     - Por que será?
     - Tá bom. Ela apaga o cigarro, bate á porta, Sandra diz estar aberta, entra ali um senhor alto, magro, negro.
     - Fala Moisés.
     - Trouxe mais algumas cervejas.
     - Nossa, melhor do dia. Risos.
     As duas pegam as bebidas e colocam no congelador do refrigerador, Pri abre uma, copo e lá estão os 3 a beber na área externa dos fundos, logo ele se intera dos ultimos acontecimentos.
     - Gente, família, ás vezes é um saco.
     - Beleza Moi, já entendemos.
     - Não cara, vocês duas são muito legais.
     Mais algumas cervejas e logo percebem que Moi já esta um tanto alto.
     - Vai lá no bar e avisa a Pri que ele dorme aqui.
     - Tá certo. Pri sai e logo retorna.
     - Ela já até fechou o bar.
     - Garota esperta.
     - Por que você não admite que esta gostando dele.
     - Ainda quero o conhecer melhor.
     - Tá, sei.
     Amanhece e a rotina ali é de sempre, trabalho para Pri, Sandra a cuidar da casa, fazer bolos, agora tendo sempre mais presente Moi naquela casa.
     Os preparativos para a festinha de 1 ano dos meninos traz mais alegria para elas.
     Adrian já começara a mandar dinheiro na conta de Sandra, ela usa muito pouco deste, já tendo em mente de comprar a casa própria.
     Parabéns ali cantando, alguns vizinhos, Pietra a brincar com os bebês, Pri esta muito bonita em vestido leve, costas nuas, make e biju, fizera um penteado já que esta fazendo curso para cabelereira.
     - Você esta muito bonita.
     - Obrigado.
     Ali com ela um sargento da PM, branco, alto, corpo atlético.
     Daquele assunto surge outros que termina por após o ultimo convidado saindo, eles irem para o quarto dela.
     - Sabia que eu a teria hoje.
     - Casado?
     - Não, noivo.
     - Problema.
     - Quer para por aqui?
     - Eu, não estou procurando compromisso, não no momento.
     - Linda.
     No outro quarto, Sandra faz amor com Moi, os meninos dormem no berço na lateral daquela cama de casal.
     Aguns anos depois....






                         7




                  Terminado de abrir a ultima caixa, em um apartamento de 2 quartos, Priscila coloca os jogos do game dos filhos agora prestes a entrar na casa dos 20 anos.
      Kauã, já as vésperas do término do curso de mecânico, tem trabalhado nesta área há uns 4 anos.
      Kauê acabara de finalizar o primeiro ano de enfermagem, ali seguindo os passos de Pri, ela coloca em seu quarto o porta retrato com os filhos e Alessandro.
      - Nossa, não é que ficou bom.
      - Te falei mãe.
      - Minha nossa, Santa mãe de Deus nem tô acreditando que você vai ter seu canto.
      - Pois é, foi um pouco demorado, bem mais do que eu havia planejado.
      - Filha, você tem de levantar as mãos ao céu.
      - É, o Alessandro prometeu e cumpriu.
      - Ainda sente falta?
      - Dele, muitas.
      - E pensar que há 1 ano atrás a gente estava festejando a subida dele para um outro grau.
      - É verdade, quem ia saber que naquela noite morreria em trabalho.
      - Foi ver sua sogra?
      - Aquela mulher me odeia, você sabe muito bem.
      - Achei que ela melhoraria.
      - Não, ficou pior, ainda mais depois da apólice.
      - Sabe, as pessoas são mesquinhas ela também teve a dela.
      - Mais ela queria tudo, na verdade ela nunca gostou de mim, o filho único dela sargento, policial, estar comigo.
      - Pelo que sei, nem contigo e nem com ninguém.
      - Agora ela fica todos os dias no cemitério, lavando o túmulo recolocando as flores.
      - Amor de mãe, não brinque com isso.
      - Eu sei mãe, e ai Moi, a Pri?
      - Estão bem, aquele homem como sempre me deixando louca.
      - Sei.
      - Verdade, agora quer reformar a cozinha a todo custo.
      - E você nem gosta.
      - Que mulher não gosta de ver novidades na casa.
      - Verdade, vou passar um café.
      - Não tem uma cervejinha, não?
      - Mãe, olhe a sua saúde, o Moi pediu....
      - O Moi, Moi, Moi, deixe aquele chato, sabe que sua mãe sempre gostou de uma bebidas.
      - Tá bom.   Priscila traz cerveja e 1 copo.
      - Ué e você?
      - Não, vou preparar o almoço, logo os rapazes chegam.
      - Quem diria hein você com dois homens lindos te ajudando.
      - É, tem hora que eu me pego pensando nisso, vamos combinar mãe, meus filhos são lindos não é?
      - Lindos, muito mais que isso, capazes, responsáveis, valentes, trabalhadores, honestos.
      - É. Pri se enche de orgulho.
      - Nem parecem filhos daquele calhorda, sem vergonha.
      - Mãe, aquele cara não existe, esquece.
      - É, melhor coisa a se fazer.
      - O desgraçado só depositou por 5 anos e ainda vez ou outra.


Biografia:
gosto de escrever
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