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A DROGA DA OBEDIÊNCIA
Os Karas
Cristiane Chagas

Resumo:
Resenha do Livro A Droga da Obediência de Pedro Bandeira, explicando o conceito de ficcionalidade e gênero narrativo presente na Obra.

A DROGA DA OBEDIÊNCIA
Pedro Bandeira

Os Karas

O livro de Pedro Bandeira, com o título acima, fala sobre a história de 5 jovens participantes do grupo Karas, que tentam solucionar o misterioso desaparecimento de vários estudantes divididos em diversas escolas. Magrí, Crânio, Miguel, Calú e Chumbinho iniciam suas investigações até encontrarem o Doutor Q.I., que utiliza-se da Droga da Obediência - criada pelo Dr. Mário Caspérides – para subjugar a humanidade, fazendo dessa uma geração sem vontade e usando os jovens como cobaias para testes. Essa Obra de ficção possui várias características de um texto literário e para comprovar isso utilizando-se de exemplos, é preciso explicar o conceito de ficcionalidade e gênero narrativo.

A ficcionalidade é a característica de uma obra literária fictícia, ou seja, criada pela imaginação do autor. Mas essa ficção, para ser convincente, precisa ter elementos que transmitem uma lógica para a situação apresentada (realidade plausível). À partir daí, podemos falar da verossimilhança. Uma obra de ficção tanto pode ser baseada na realidade ou construir sua realidade própria, mas a verossimilhança sempre deverá existir; porque se não houver lógica, não haverá sentindo para o leitor e assim a obra não lhe convence. Podemos citar como exemplo o Capítulo 9 “Decifrando a mensagem”, páginas 115 a 119, onde Crânio hipnotiza dona Rosa, para conseguir saber o que estava escrito na parede do banheiro que essa havia limpado. Ora, de imediato ao lermos as referidas páginas, podemos achar difícil um jovem do ensino fundamental ou médio (o livro não deixou claro) se apropriar de uma técnica destinada a alguns profissionais de nível superior. Mas como sabemos que existe essa técnica e no contexto do capítulo ela se aplicava (pois Crânio era muito inteligente), acabamos por aceitar, simplesmente porque há lógica.

O Gênero narrativo é um dos três gêneros do texto literário, que no caso dessa Obra, configura-se como um Romance. Esse Gênero é, segundo Aguiar e Silva (1976), “... o desígnio central que rege o romance é a vontade de objetivar um mundo que possua nítida independência em relação ao romancista...” O autor é imparcial aos acontecimentos em relação à sua obra. Não há um envolvimento do autor como se constata no gênero lírico. E os elementos que caracterizam esse gênero narrativo são os personagens, o tempo, o espaço e a ação. Para exemplificar isso podemos usar o Capítulo 27 “De preferência, mortos!”, páginas 311 a 326. Mas utilizaremos mais precisamente as páginas 311 a 319. Personagens: Miguel, Dr. Q.I., Meninos-Cobaias, Chumbinho, Rubens, Calú, Márius Caspérides, Animal, Coisa, Fera, Crânio, Magrí, e Andrade. Tempo: Páginas 315 e 316 “_ Quietinho, você, seu bandido! _ vingou-se Chumbinho, com muita raiva na voz. Ele se lembrava daquela cara na sala do diretor do Colégio Elite e, ao contrário de Miguel, não tinha simpatizado com ela desde o início.” Flashback. Espaço: Ginásio de testes e Pain Control (dependência onde era testada a Droga da Obediência). Ação: Página 314 “Nesse momento, uma porta à sua frente foi aberta, e o menino tomou um susto:” a consequência dessa ação vai até a página 319.

Em resumo, a ficção e a realidade andaram juntas nessa Obra. Drogas sendo usadas para o controle das mentes humanas, e em especial a mente dos jovens. Como diz o autor Pedro Bandeira “...Pensei também: mas será que isso é apenas ficção? Será que tudo isso já não está acontecendo atualmente com a jovem juventude drogada, vagando como idiotas semimortos, sem fé no futuro, sem fé em si mesmo e já sem a força e a garra de que tanto precisamos? ... Ai, quem me dera que no mundo de jovens de órbitas vazias fosse apenas ficção!” Páginas 378 e 379.


Biografia:
Graduanda no 6º período de Licenciatura em Pedagogia na UERJ.
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