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Ele
Kleber Jardan

Ele
é normalmente anormal, uma mistura louca de desunião e uma força moral indescritível. é admirável ver como tantas coisas adversas se completam perfeitamente, desde dos seus cachos que se enrolam até seus olhos que talvez sejam um pouco pequeno. mas, torna-lhe perfeito já que o tamanho do seu cabelo compensa. não estou para falar de suas características normais, e sim das anormais (que particularmente, pra mim, é o mais interessante).
você tem algo que me chama atenção, e eu tento encontrar o motivo até hoje mas não posso falar, alias, faz um pingo de tempo que eu te conheço, né? mas tu tem. eu trabalho muito com talvez, e eu gosto de trabalhar isso em cima de você porque tu é um talvez. talvez, fique. talvez, grite. talvez, extravasa. talvez, odeie. talvez, seja outro, talvez você (pasmo). eu não sei disso, eu pareço um idiota ouvindo e lendo tuas histórias mal resolvidas onde eu sei que no fim você se joga no chão ou tu jogar a merda toda pro alto e dizer: "cansei". e bom, saber que você sarou e me conforta saber que você tá se livrando de si mesmo. mas me mata também saber que você é quase igual à mim, e pelo que me limita saber o seu conhecimento, tua alma grita por algo que você nunca tem. aquele fodido desejo de estar, sentir, ficar... pegar uma cadeira de balanço e uma coberta e dormir. só dormir. e se confortar em saber que está realizado.
suas anormalidades me desarmam, e eu me perco na incrível facilidade em que você tem de me desarmar, porra, se tem uma coisa que você é bom comigo, é isso. não, não é "só isso", é um talvez. pela sua, e minha e indecisão, o talvez se encaixa de uma forma absoluta. e como eu vivo aprendendo com você, quero também te ensinar uma coisa, uma metáfora: talvez é a porta de quem não acha soluções que doem na alma. por isso você é um talvez, porque você é uma conta de matemática enigmática, um ponto de escuro quando todos querem luz. você não quer nada do que os outros querem. você só quer ser. nada mais, ser.


Biografia:
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