Recentemente, Lula disse que o PT não consegue atrair votos de quem ganha um pouco mais e tem conhecimento. Ele tem razão e sabe explorar e manter as pessoas ganhando muito menos e com um conhecimento compatível com esse tipo de voto.
Essa semana houve dois eventos que desanimam aquele que ainda acredita que o presidente quer elevar o nível da educação.
Na universidade Federal do Maranhão, uma pesquisadora e cantora travesti mostrou que canta mal, subiu na mesa e obrigou a todos verem a parte mais secreta de sua anatomia, o que é incompatível com um evento de educação. A “performance” erótica, que causaria espanto e horror, em qualquer humano, rendeu palmas e gritos de exaltação. Parece um aspecto de desesperança, mas a plateia era formada por uma bolha que estava lá para isso: aplaudir qualquer coisa.
Em Salvador, Bahia, Lula foi expandir o programa Pé-de-Meia — um incentivo financeiro a estudantes. O presidente foi brindado com uma fantástica batalha de rimas. No entanto, o sacrifício valia a pena, pois manter gerações orgulhosas da própria limitação sempre rendeu cargos públicos e o aparelhamento da máquina.
Até para não deixar de reconhecer os pontos fortes do adversário, eu admiro como Lula conseguiu fazer uma carinha de quem estava gostando daquilo. Entretanto, a dissonância cognitiva deve ter povoado o seu cérebro com a certeza que o número era uma porcaria.
Pior, as rimas não compareceram à batalha de RAP, diferentemente de Lula que pôde constatar presencialmente que uma nova safra de jovens condenados a receber pouco dinheiro, não reter conhecimento e, lógico, eleger petistas está garantida.
|