O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu uma “salva de vaias” em evento de corretores de seguros, no Rio de Janeiro. Parecia que já esperava aquela reação da plateia porque merecia, pois disse: “Já fiz mais do que as pessoas que vocês admiram”. Apesar da resposta pueril, o ministro petista tem razão, pois ele aumentou muito os impostos, e isso exigiu muita dedicação.
Armando Vergílio, o mediador do evento, percebeu sua hora de brilhar e interveio em favor do cara que veio prestigiar seu evento: “Gostaria de pedir uma salva de palmas para aqueles que vaiaram o ministro”. Bravo! Diante das suas impecáveis súplicas, eu mesmo faria questão de atendê-lo. E mais, soltaria rojões. Mas eu sei que tratou-se de um ato falho. Ele já estava pronto para demonstrar sua vassalagem, portanto, as vaias proporcionaram essa oportunidade. No entanto, ele foi afoito, e o que era para ser uma rotineira sabujice, tornou-se uma desastrosa intervenção.
Haddad ressaltou, ainda, sua contribuição para o setor de seguros como professor universitário. Por que o ministro teve que enaltecer sua contribuição ao setor? Lógico, se ele mesmo se elogia, no mínimo, há uma controvérsia.
Beneficiando Fernando Haddad com a dúvida, a vaia já seria merecida quando ele ousou dedilhar um violão. Entretanto, ele só pode ser criticado pelo que tem a responsabilidade de saber muito: economia. Mas também não é o caso, porque o ministro já confessou que só completou o curso colando. Duvido, fora Lula, ninguém chega tão longe trapaceando.
Seus números são desastrosos, mas Marcio Pochmann, presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), lançando mão de suas habilidades como numerólogo e mágico, maquia os dados, claro, positivamente; Lula, com toda a cara de pau que nasceu, divulga os índices falsos; e a imprensa estatal e o consórcio (imprensa simpática ao governo federal) utilizam sua capilaridade para espalhar os boatos oficiais.
É assim que parte da gangue age, ignorando as vaias.
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