Joice Hasselmann surgiu na TVeja (o canal de televisão da revista Veja) como uma voz assertiva dos valores da direita política. Então, a fama trouxe a facilidade de ser eleita. A “mosca azul” do poder picou a moça, que grudou no popular Jair Bolsonaro e correu pro mandato.
Tornou-se a principal liderança do governo, porém, sua traição ao “bolsonarismo” elevou Joice a ser uma espécie de ícone dos “surfistinhas” (a turma que se elegeu “surfando” no bolsonarismo). Depois que caiu a máscara, Joice tentou um discurso esquerdista e começou a atacar os antigos apoiadores. Assim, caiu num limbo político, onde era desprezada pela esquerda e pela direita.
Políticos gostam de uma traição, mas odeiam traidores. Por isso, o prazo de validade da moça expirou, entretanto, ela não percebeu, se alinhando com a nata dos “macaco véio”, aqueles que adoram uma traição, mas odeiam traidores. Como personificação dessa máxima política, Joice foi sendo expurgada do jogo, enquanto achava que fazia parte da turma.
Reapareceu, depois das eleições para prefeito e vereadores. O visual cuidadosamente preparado, o discurso pensado e a taça de “champanhe” não ajudaram a atenuar o vexame: quem assistiu à atuação notou o leve toque de embriaguez na forma e conteúdo. O texto foi mal ensaiado porque saiu com tom arrivista ao eleitorado e com uma arrogância infantil de quem diz: “Eu não queria mesmo”.
Ela foi eleita apenas em 2018. E a decadência eleitoral jamais será suplantada pela estética:
— deputada federal 2018: 1.07 milhão de votos (a mulher mais votada da história da Câmara dos Deputados);
— prefeita 2020: menos de 100 mil;
— deputada federal 2022: 13.679;
— vereadora: menos de 2 mil: “Não saio mais candidata a nada”.
Existe uma brincadeira na qual diziam: Ela não ganha eleição nem para síndica de prédio. A brincadeira pode ser concretizada, se Joice concorrer num condomínio grande.
A ex-suposta bolsonarista involuntariamente divertiu a “web”, mais ainda com seu discurso de “triunfo da derrota” e o patético anúncio de fim da carreira política.
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