Demonstre sempre, em cada dia, que és alguém que se esforça para superar a própria tendência humana ao desequilíbrio, a própria susceptibilidade a ele, quando algo ocorre em desagrado, quando algo ocorre em desconformidade com o pensamento que acalentamos, egoisticamente, de que tudo tem que ser conforme o que pensamos, o que julgamos certo ou o que é bom para nós, independente de o ser para os outros. Quando aprendermos a ter empatia, a nos colocarmos no lugar do próximo não haverá atrocidades, escândalos, não impingiremos dor ou angústia à ninguém, pois então estaremos cônscios de que tudo se reflete em nós mesmos. Não é apetecível, não é deleitoso, ver um sorriso nos olhos de quem estimamos? Sentimos-nos felizes por isso. Não há felicidade no egoísmo. Há apenas desconfiança e descrença, em qualquer grau das relações humanas. Façamos a nossa parte. Pensemos: Muito do que o mundo é hoje é um reflexo das tendências que ainda latejam em nossas almas. Portanto, se cada um modificar o padrão de pensamento, alijando as más tendências do nosso ser, não mudaremos de supetão o mundo, moldando ao nosso talante, ou à nossa percepção de certo, de bondade e de paz, por mais que sejam corretas e justas, o mundo não irá mudar. Pelo menos mudaremos algo em nós, para melhor. E plantaremos, com nosso exemplo, uma pequena, porém, não ínfima, não insignificante semente, que um dia, certamente, dará bons frutos. A semente da simpatia, da cordialidade, da empatia, tornando a coexistência dos seres humanos mais fraterna, mais harmoniosa.
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