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PULA CATRACA 3 IND 16 ANOS
DE PAULO FOG
ricardo fogaça

Resumo:
EXCELENTE

3



           Soraia termina mais uma venda sob o olhar de Ederson.
   - E ai amiga, teve sorte?
   - Graças a Deus, sorte e talento, amor.
   - Então hoje você que paga a cerva.
   - Tudo bem.
   Eles seguem no trabalho na loja de departamentos do shopping.
   Já próximo de fechar a loja, Soraia vai para o banheiro, ao passar pelo corredor, vê Augusto olhando calçados na vitrine, ela vai até ele mais pára um pouco antes.
   - Demorei?
   - Não.
   - Já escolheu?
   - Sabe que não gosto enem quero te explorar.
   - Não é exploração ja te disse, considere como um mimo, um presente por nossos dias felizes.
   - Será certo isso Gerson?
   - Vamos logo escolha logo.
   - Tá bom, este aqui.
   - Vamos entrar e ver se tem seu número.
   - Sim.
   Augusto entra junto de Gerson que por segundos segura a mão dele.
   Soraia olha para o gesto com certo espanto, entra no banheiro, após usa-lo lava as mãos a olhar no espelho.
   César desliga o pc e segue para a recepção do hotel, ali ele passa algumas ordens de trabalho aos funcionários dali e segue para a cozinha.
   - Onde esta o chef?
   - No depósito.
   - Ótimo, obrigado.
   Ele segue para o depósito e já porta ouve um barulho diferente, ele adentra e nos fundos de um corredro, Nilvânia esta a transar com Moacir, César tosse e o casal se recompõe, ela sai primeiro e ao passar por César dá um certo sorriso.
   - De novo Moacir?
   - Me desculpe cara mais você tinha que chegar assim, de repente.
   - Este é o seu trabalho, seu ganha pão homem, pare de fazer deste local seu parque de diversões.
   - Eu sei mais a vontade falou mais alto eu admito, sabe, o desejo é cruel amigo......
   - Vai, se arrume me passe os pedidos de comprar para o restaurante.
   Minutos depois na sala ao fundo do depósito, Moacir imprime os pedidos e entrega para César.
   - Pronto.
   - E vê se paga um motel para vocês hein.
   - Sabe, aqui é mais gostoso, o medo, entende.
   - Largue de ser sacana, vou passar para a diretoria suas diversões aqui.
   - Não, esqueça tudo o que eu lhe disse, vou parar, eu juro.
   - Pois faça isso, somos amigos mais não vou carregar seus erros nas costas, jamais.
   - Tá, tá, eu tranco bem a porta da próxima vez, eu te prometo.
   - Moacir. Risos.
   - De brinks amigo.
   - Tome jeito homem.

   Augusto sai do carro de Gerson que tenta roubar-lhe um beijo mais sem sucesso, o carro segue e Augusto entra em casa.
   Logo envolto as frituras ouve o soar da campainha, ele atende e logo entrega algumas bandeijas de seus salgados que foram encomendados.
   Por telefone ele também recebe diversos pedidos e ja pensa em contratar um ajudante para o negócio.
   Soraia chega, saúda o primo e segue para o banho, sai em toalha para o quarto, logo volta em short blusa, ali na cozinha se serve de um copo com suco, sempre olhando para Augusto que vez e outra lhe sorri.
   - Então, tudo bem?
   - Tudo.
   - Muito trabalho?
   - Não tenho o que reclamar, graças a Deus prima, desde que sai da Bahia e vim para cá, minha vida deu uma guinada e sempre esta a melhorar.
   - Que bom.
   - É, quer que eu prepare a janta?
   - Não, Augusto eu vou lá no bar, sabe, clarear a garganta.
   - Não seria as idéias, prima?
   - Talvez, os dois.
   - Até.
   - Até.
   Ela sai deixando o primo ali com seus afazeres.

                             08032020.........




                  Cristian sai do banho secando as mãos na calça, Joana passa por ele e lhe apalpa o bumbum, o homem faz um leve sorriso, tudo observado por Marli de sua mesa.
   - Por que não se casam?
   - Talvez por que ela ja seja casada.
   - Isso alguma vez foi impedimento, para isso se tem a separação, já ouviu?
   - Mulher louca, isso que você é. Risos.
   Anderson volta a digitar os números para a planilha semestral, Marli termina os convites impressos, logo ela chama o office boy que sai com eles para a entrega.
   Não demora, Anderson tem de ir ao banheiro e faz sinal a Marli que lhe sorri, antes de entrar no banheiro ele vai para a sala de mateiriais onde vê Joana aos beijos com Cristian.
   - Meu Deus, esses são loucos mesmos.
   O homem olha ainda um pouco mais e sai dali, entra no banheiro e após urinar, dá asas a sua imaginação tendo uma ereção e se masturbando com a cena vista.
   Marli abre a gaveta de sua mesa, pega uma foto com a imagem de Santa Luzia e devolve esta a gaveta.
   - Ainda pensando no seu ex?
   - Feche o seu zíper e depois tome conta da sua vida.
   Anderson fecha rapidamente e segue para sua mesa.
   - Tem de parar de pensar nele.
   - E você de se meter na vida dos outros.
   - Nossa.
   - Me desculpe.
   - Sabe o que eu vi, os dois lá na sala de materiais se beijando.
   - E daí você correu para o banheiro e se masturbou.
   - Nossa você esta ácida hoje, sim, eu fui ao banheiro tá.
   - Sei.
   - Posso jantar hoje na sua casa?
   - Não.
   - Meu gáz acabou não tenho grana, vai me deixe ir.
   - Tudo bem, pode.
   - Obrigado.
   Na garagem da empresa, Cristian pega o veiculo da firma, sempre aos fins de semana ele fica com o carro para levar a limpeza e devolve na segunda.
   - Vai rolar uma carona?
   - Pra você tudo.
   - Adoro. Joana entra no carro e eles saem.
   Logo Marli e Anderson surge e entram no carro dela, na casa de Marli, os filhos já iniciaram o preparo da comida, seu ex também esta lá e com sua nova namorada.
   O jantar segue um tanto calmo, sem as crises de xingos e revoltas de Marli, Anderson bem que tenta mais não consegue ficar para dormir no quarto de hóspedes, pois sua energia também fora cortada por falta de 2 pagamentos, sem dizer que os quartos da casa ali tem ar condicionado.
   - Só dessa vez vai?
   - Você já jantou e agora vá para sua casa, agora.
   - Tá, tchau.
   Marli lava as louças enquanto o seu ex assiste tv com a namorada e com os filhos, logo Marli inicia a sessão de tossidas até que o casal anuncia sua ida.
   - Bem, melhor irmos.
   - Nossa, já, tchau.
   - Obrigado pelo jantar, estava ótimo como sempre.
   - Tudo bem, adeus.
   - Tchau.
   As crianças sobem para os quartos, ela joga as caixas de salgados que encomendara de Augusto, isso faz ela lembrar de ligar para seu irmão Gerson.
   - Oi.
   - Só ligando para te desejar uma noite bem feliz, agradecer também os salgados do Augusto, ele esta ai?
   - Sim, bem aqui do meu lado.
   - Beijos e tchau, amo vocês.
   - Também te amo, linda. Gerson desliga o telefone e cai nos braços de Augusto, ali eles se beijam e o amor acontece.
   Soraia sai do tapete do quarto de Ivan, só de calcinha caminha pelo quarto, Ivan veste uma cueca e vai até ela abraçando-a, ouve se o barulho na casa, Matilde fechara o bar e acabara de entrar, Soraia termina de vestir-se e sai pela janela do quarto.
   - Tchau.
   - Beijo. Ela o beija e sai até o portão lateral indo para sua casa.
   - Bem boba essa tua namorada.
   - Ela não é minha namorada.
   - Olha aqui Ivan, minha casa não é motel, tá entendo filhote?
   - Tô tia.

                                    09032020.........





               Miguel acorda Sueli ás 15 para ás 4 da manhã, a mulher sai, toma banho, escova os dentes, prepara o café, coloca seu uniforme da empresa.
    Já ele, sai pelo apartamento de cuecas, bate nas portas dos outros 2 quartos, 2 casais saem dali ás pressas, já vestidos, bebem café e se despedem.
    - Tá, bom trabalho, tchau.
    - Tchau.
    Sueli se despede também dele, já são 5 e 40, quando ela vai até o quarteirão de baixo, no estacionamento pago, retira a Van escolar e sai para pegar as crianças para as aulas, Miguel abre um refrigerante, coça o saco no sofá da sal, liga a tv, logo surge uma garotinha de seus 3 anos.
    - Oi filha.
    - O que foi pai, cadê a mamãe?
    - Foi para o trabalho.
    - Já foi?
    - Sim, meu anjo.
    Santana já esta no seu táxi levando o último passageiro do turno, logo vai para sua casa a 5 bairros do centro.
    - Aqui o troco.
    - Obrigado.
    - Falou gente fina.
    Chegando em seu apartamento, encontra Leonildo saindo ás pressas.
    - O que houve, não foi trabalhar?
    - Fui pai, só que esqueci meu bloco de anotações.
    - Meu Deus, filho.
    - Mais já achei, tá tudo certo agora.
    - Bom trabalho.
    - Bom descanso e bom dia.
    - Bom dia.
    Na panificadora Sucesso, Leonildo é o confeiteiro, faz verdadeiras obras de arte com pasta americana, recheios, coberturas, bolos maravilhosos.
    - Nossa, Leonildo você se superou neste pedido.
    - Obrigado dona Regina.
    - Olha, se continuar assim vou ter que te dar um aumento.
    - Bem sobre isso dona Regina......
    - Depois Leo, depois, agora estou para lá de coisas , papéis, notas, depois tá.
    - Tudo bem.
    - Parabéns, trabalho lindo.
    - Obrigado.
    Na oficina de bolos, ele joga o pano em cima do fogão.
    - O que foi Leo, cadê o cara feliz que foi dar noticia do trabalho feito?
    - Acabou de levar outro soco, dona Regina é demais hein.
    - Foi pedir aumento?
    - Sim, por que?
    - Ih, cara, aquela ali nunca vê o nosso lado.
    - Logo eu digo chega.
    - É o que todos fazem.
    Leonildo sai dali, no banheiro lava o rosto, sai de volta a cozinha e retoma o trabalho, ao longe, Karen o olha com sorriso, logo vem a ele.
    - Oi.
    - Oi.
    - Aconteceu algo?
    - Não.
    - Minha tia, não acredito, ela não quis te ouvir.
    - Por favor Karen, não é nada disso, pronto, já estou melhor.
    - Sério?
    - Sim.
    A moça molha os lábios e leva a mão ao peitoral dele, este retira e sai dali.
    Karen o olha retomar o trabalho e sai indo para o caixa.
    - Droga de homem dificil, ele ainda vai ser meu.
    Ela atende aos clientes com sorriso, mais seu pensamento esta envolto em fantasias sempre tendo Leonildo nelas.
    Já perto das 14 horas, Leonildo assina o livro ponto, vai ao banheiro e troca de roupa, lava o rosto, molha os cabelos, penteia e sai dali.
    - O que vai fazer mais tarde?
    - Sei lá, assistir tv.
    - Não, me leva ao cinema.
    - Por que?
    - Meu aniversário, esqueceu?
    - Olhe Karen, mês passado você disse a mesma coisa.
    - Sabe, adoro te ver assim brabinho.
    - Tá, vamos ao cine, lá pelas 8.
    - Tá certo.











                         4



              Leonildo chega, joga as chaves no sofá, segue para o banho jogando as roupas pelo caminho, depois sai nú para o quarto, Santana acorda e recolhe as roupas do filho, joga no cesto da lavadora e segue para a cozinha, prepara uma farofa de carne e arroz branco, molho verde e ovo frito.
    - Hum que cheirinho bom.
    - Acordou né seu safado.
    - Oi pai.
    - Pare de jogar suas roupas por ai.
    - Força do hábito.
    - Lave as mãos, logo vai estar pronto.
    - Te amo pai.
    Após comer, Leo se joga no tapete do seu quarto, liga o ar e adormece, Santana coloca as roupas para lavar, limpa a cozinha e faz compras, tira um leve cochilo e perto das 7 da noite ele sai para o trabalho deixando a janta do filho pronta.
    Leonildo acorda, toma banho, escolhe a roupa, janta, se veste e sai para o cine.
    Karen aproveita os momentos de susto e suspense para segurar as mãos de leonildo que não demonstra medo com as imagens.
    Terminado o filme eles compram balas e sai dali.
    Na calçada eles aguardam o táxi que Karen entra para ir a casa.
    - Obrigado por vir.
    - Que nada, até que me fez muito bem.
    - Tá vendo, eu sempre te faço bem.
    - Certo Karen, até depois no trabalho.
    - Sei, você sabe que eu te gosto.
    - Por favor Karen.
    - Tchau.
    - Tchau. Karen aproveita e lhe beija o rosto, entrando de volta ao veiculo.
    Miguel sai do bar levando 2 garrafas de pinga numa sacola, passa pela portaria brincando com o porteiro e no apartamento faz a festa com a filha e Sueli que percebe o marido já um tanto alto pelo álcool.
    - Miguel, trouxe o leite e o extrato de tomate que eu te pedi?
    - Esqueci.
    - De novo Miguel.
    - Que porra mulher, esqueci.
    - O que Miguel, quer se fazer de macho agora.
    - Não vou mais discutir com você.
    - Você é um imbecil, imprestável.
    Miguel vai até ela e a empurra, ela se desequilibra e cai no chão com um copo, o sangue escorre no chão.
    - Sueli.
    - Por favor, chame uma ambulância.
    Miguel chama o socorro e segue com a mulher e a filha para o hospital.
    Leonildo anda de volta para sua casa, quando percebe ser seguido por um veiculo.
    - Oi gato.
    - O que foi cara?
    - Entra ai.
    - E por que eu iria entrar num veiculo de um estranho?
    - Por que assim como eu você curte um mistério.
    - Seu bobo.   Leo entra no carro, ali no volante Gerson que o beija e eles seguem para apartamento dele.
    Augusto sai do mercado com algumas sacolas e ao atravessar a rua para o ponto do circular vê passar em certa velocidade um carro que quase o atropela, neste ele vê no carro Gerson e um outro homem.

                                          11032020............








Biografia:
amo ler e muito mais escrever, sou assim
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