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OS DESAFIOS DO ENSINO HÍBRIDO
As perspectivas da Educação nos períodos de pandemia e pós - pandemia
Marieli silva Miranda

OS DESAFIOS DO ENSINO HÍBRIDO
Eliane dos Reis de Morais
Mariéli Silva Miranda
A inserção das tecnologias no processo de ensino – aprendizagem é um tema que vêm sendo abordado há muitos anos. Mais ainda no período da pandemia, sendo uma das propostas da Agenda 2030 da Unesco para a educação.
O mesmo já vinha sendo discutido também nas formações de professores desde o advento e popularização da internet, onde vem se constatando muita dificuldade em ser colocado em prática, assim como toda novidade o é.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, (Unesco), em 16 de março de 2020, já eram cem países a anunciar a suspensão das atividades presenciais nas escolas como medida de contenção do contágio, colocando o ensino remoto como alternativa para minimizar os efeitos indesejados da crise. No Brasil, o Ministério da Educação (MEC) constituiu um comitê para pensar a dimensão educacional na crise (BRASIL, 2020a), o qual atuou para a regulação da substituição de aulas presenciais por atividades em meio digital e para a flexibilização dos dias letivos, desde que mantida a carga horária mínima legalmente estipulada (BRASIL, 2020b; 2020c).
Com o advento da Covid-19, esta necessidade se tornou imprescindível, surgindo então alguns termos como: atividades domiciliares, à distância ou remotas, ensino remoto ou híbrido, entre outros. Um dos pontos trazidos pela educação foi o fato de a sala de aula ter vindo parar dentro das nossas moradias, o que nos desafiou a conviver com o espaço de lazer, descanso e de sossego e ao mesmo tempo com o de trabalho.
No entanto, nossa realidade escolar é muito diferente daquela retratada pelas mídias ou proposta pelas políticas educacionais. O que percebemos em muitos educandários é a falta de recursos tecnológicos básicos e a capacitação dos seus profissionais.
Outra grande deficiência trazida pela pandemia, foi no modo como o conteúdo chegava até os estudantes. Muito se fala em Ensino Híbrido (on-line e off-line), mas o que se viu acontecer foi o remoto, uma vez que o professor envia seu planejamento e os estudantes precisam dar conta sozinhos ou com a ajuda do grupo que institui a sua família.
Surgiu então, um novo desafio para toda a comunidade escolar, ou seja, professores, estudantes e famílias. Para tal, é necessário um engajamento de todas as partes, pois só assim podemos ter o mínimo de garantia que estamos proporcionando um ensino eficaz e de qualidade.
O tempo de restrições e quarentenas colocou em evidência a necessidade de ressignificação para a educação, nunca antes imaginada. A dor causada pela perda das pessoas, o afastamento e o isolamento social causaram uma desestruturação tanto no âmbito familiar quanto ao sistema regular e presencial de ensino.
A crise sanitária está trazendo uma revolução pedagógica para o ensino presencial, a mais forte desde o surgimento da tecnologia contemporânea da informação e comunicação. Passamos às exigências de adaptação e de superação por parte da gestão, dos docentes, discentes e a sociedade em geral.
Desta forma, as estratégias de ensino devem ser reformuladas de tal modo que as tecnologias sejam incluídas e exploradas dentro e fora das salas de aula. Da mesma maneira que os educadores, também os educandos precisam de atualização para aproveitarem o máximo dos benefícios que esta modalidade pode oferecer.
A utilização das Tics devidamente planejada e adequada pode viabilizar e favorecer o aprendizado do discente, ampliando as possibilidades de seu desenvolvimento pleno e integral. Todavia, nem todos possuem acesso à internet e as tecnologias necessárias, causando um grande entrave para esta nova forma de educação.
Como todo trabalho, as ferramentas digitais devem vir acompanhadas de conversa com os pais e responsáveis e na medida do possível, ser intensificada com vídeo aulas e orientações em grupos. As mesmas também podem contribuir com o processo de aprendizado no pós-pandemia e mais que isso, mudar a maneira que os estudantes se relacionam com a tecnologia.
Segundo Kenski (2012, p. 22) “[...] a expressão “tecnologia” diz respeito a muitas outras coisas além das máquinas. O conceito tecnologia engloba a totalidade de coisas que a engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar em todas as épocas, suas formas de uso, suas aplicações”.
De igual modo, Kenski (2012, p. 24), o conjunto de:
[...] conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade, chamamos de “tecnologia”. Para construir qualquer equipamento – uma caneta esferográfica ou um computador -, os homens precisam pesquisar, planejar e criar o produto, o serviço, o processo. Ao conjunto de tudo isso, chamamos de tecnologias.
Neste contexto, muitos professores precisaram sair da zona de conforto e se reinventar atualizando-se nestas tecnologias, pois o cenário na educação poderia ser muito pior se fosse em tempos atrás, quando não podíamos contar com tais ferramentas.
Diante dessas reflexões, percebemos a discrepância de acesso e de modelos de ensino que se instaurou, quase que sem querer, em nossa sociedade. Enquanto vemos alguns estudantes avançando em seus processos de aprendizagem, percebemos outros que sequer conseguem acessar os recursos que a escola oferece. Também vimos gestores e professores se desdobrando para tentar atende – los em diferentes nas suas mais diversas dificuldades, bem como as famílias em suas condições financeiras tentando contemplar estas necessidades.
A Escola, por sua vez, tenta fazer a parte que lhe compete, ressaltando a importância da realização das atividades da melhor forma possível, recorrendo muitas vezes ao apoio do Conselho Tutelar e Ministério Público para que, até mesmo, as situações que são julgamos impossíveis possam ser sanadas entre os discentes.

Não há como comparar um estudante que têm acesso aos recursos tecnológicos necessários para acompanhar o Ensino Híbrido ou que nunca deixou de ter aulas, com aqueles que sequer conseguem conversar com seus professores, retirar os materiais na escola ou acessar plataformas de ensino que necessitam de acesso à internet. Se antes havia disparidades, agora elas aumentaram ainda mais e certamente serão precisos muitos anos para que tudo volte a se normalizar. Certamente a agenda da Unesco para a educação para o ano de 2030 não atingirá seus objetivos dentro do período estipulado e necessitará ser ampliada e revisada para que se torne realidade.
Sendo assim, é de suma que possamos abrir diálogos com os estudantes sobre suas emoções e sentimentos, rotinas diárias e como estão as relações dentro de casa. Isso irá promover ainda mais a interação educando – educador, do que apenas o foco nos conteúdos sistematizados.
Contudo, em meio a tantos problemas, a educação deve ser uma potencializadora da esperança humana, capaz de continuar auxiliando para a modificação de condutas, sempre contribuindo para o bem da sociedade. Uma crise sanitária é superada, também, por uma maior e melhor forma de ensinar.
Portanto, lembremos sempre que o homem é tudo aquilo que a educação faz dele!



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Artigos OS DESAFIOS DO ENSINO HÍBRIDO Marieli silva Miranda
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