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Aulas Remotas / Aulas Online
Esse ano está perdido! Meu filho não aprendeu nada! As crianças não aprendem pela internet!
ADRIANA COSTA DO NASCIMENTO

Resumo:
Esse ano está perdido! Meu filho não aprendeu nada! As crianças não aprendem pela internet!
Uma reflexão em relação a aprendizagem através do   ensino remoto ( aulas online).


Durante esses mais de 100 dias escutei esses relatos, tanto de professores, como de pais. Sou professora e mãe, meu filho tem oito anos está no 3º ano do ensino fundamental.
Diante de tantos questionamentos, fiquei me perguntando: O que meu filho não aprendeu? Ano perdido, como assim? Observando o meu filho percebi quantas habilidades foram construídas nesse período de aulas remotas.
Falamos tanto em tecnologia, aulas invertidas (ensino híbrido), educação socioemocional, entre outros.
Senhores pais e professores sabemos que está sendo um ano difícil, dolorido, contudo, precisamos pensar que a escola não se resume apenas em em espaço de transmissão de conteúdos técnicos e formais. O que é fazer educação? Esse ano não está perdido, ganhamos lições cruciais para desenvolvimento de crianças e adolescentes, que não poderiam ser vividos, se não fosse por esse ano, se não existisse este contexto tão peculiar no qual estamos vivendo. Teremos algumas perdas? Sem dúvidas! Mas, não podemos negar que também teremos saldos positivos.
Observem essas crianças e verifiquem o quanto amadureceram e cresceram nesse período. Poder propiciar essa experiência, por mais exaustiva que ela seja é de uma transformação enriquecedora, as crianças aprenderam sobre solidariedade, coletividade, respeito ao próximo, autoconhecimento e, sem falar, no desenvolvimento de novas habilidades nas tecnologias.
O processo de ensino-aprendizagem muda conforme a evolução da sociedade. No entanto, nas duas últimas décadas, as mudanças foram maiores e mais significativas. Hoje, não é difícil encontrar crianças de um ano e meio manuseando um smartphone para assistir a desenhos. Esse contato com os recursos tecnológicos começa cada vez mais cedo.
Pare por alguns segundos e tente imaginar o mundo daqui a dez anos. Como você acha que será a tecnologia do futuro? Quais serão os benefícios e as mudanças? Provavelmente estaremos resolvendo tudo pelo meio digital. Então me respondo: O que o meu filho aprendeu durante esse período vai além dos conteúdos, adquiriu habilidades para vida.
Ah, mas é difícil uma criança aprender através da internet, videoaulas...   Como assim? As crianças aprendem tanto com os yotubers. Lembro que um certo ano, um aluno me fez uma pergunta sobre tubarões tapetes, confesso que nunca tinha escutado a respeito. A sala ficou dividida, alguns afirmavam que sim, que o” youtubers Y”, tinha comentado no canal dele. Expliquei que não sabia, mas que eu iria pesquisar. Onde pesquisei? Na internet, com o uso da tecnologia.
Porque estou contando essa história. Vivemos numa modernidade na qual situações como essas, são partilhadas naturalmente. As crianças estão nascendo nessa cultura, são os chamados “nativos digitais”. Aprendem muito cedo. Sabemos que a sociedade contemporânea exige o domínio das ferramentas tecnológicas.
Nessa sociedade a criança se apresenta como um ser de autonomia, e não mais aquele ser “ingênuo”. Compreendemos que isso é reflexo da liberdade de acesso às mídias, aos elementos tecnológicos. Atualmente vivemos em um mundo pós-moderno, em que tudo gira em torno de tecnologias. Qualquer lugar em que se vá, depara-se com informações que são processadas e partilhadas em tempo real por meio das mídias digitais. As nossas crianças estão à frente do tempo “(dos adultos)” é possível afirmar que a criança consegue aprender, através de aulas a distância, e que sim, é possível aprender.
Cabe ressaltar, que para boa parte das crianças que tem acesso as tecnologias a internet é fonte de pesquisa escolar e diversão, assim como para os pais, e que hoje em dia nós e nossos filhos sabemos o mesmo sobre internet e conseguimos usufruir desse recurso sem dificuldades.
Mas, atenção! Ainda cabe aos pais mediar, monitorar e ficar de olho no que os filhos estão fazendo.
Vale salientar que este artigo está direcionado as crianças e adolescentes que tem acesso as aulas remotas e as tecnologias. Pois, sabemos que não é a realidade de grande parte dos estudantes no Brasil.

AUTORA: Adriana Costa do Nascimento


Biografia:
Pedagoga, Especialista em Educação Especial. Professora de Educação infantil e Ensino Fundamental.
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