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A Preeminência do Amor
John Angell James


Título original: The pre-eminence of love

Por John Angell James (1785-1859)

Traduzido, Adaptado e
Editado por Silvio Dutra

Em sua autobiografia, Spurgeon escreveu:
"Em uma primeira parte de meu ministério, enquanto era apenas um menino, fui tomado por um intenso desejo de ouvir o Sr. John Angell James, e, apesar de minhas finanças serem um pouco escassas, realizei uma peregrinação a Birmingham apenas com esse objetivo em vista. Eu o ouvi proferir uma palestra à noite, em sua grande sacristia, sobre aquele precioso texto, "Estais perfeitos nEle." O aroma daquele sermão muito doce permanece comigo até hoje, e nunca vou ler a passagem sem associar com ela os enunciados tranquilos e sinceros daquele eminente homem de Deus ."

"Agora permanecem estes três, a fé, a esperança, e o amor; mas o maior deles é o amor.” (I Coríntios 13.13)

Perceber-se-á que, embora estas três graças sejam, em alguns aspectos, muito diferentes, há outros em que têm pontos de forte semelhança. A fé tem algo da expectativa da esperança, e a esperança algo do desejo do amor. A esperança toca a fé no ponto da expectativa - o amor toca a esperança no ponto do desejo - e, assim, como as cores do arco-íris, mantêm sua distinção, ao mesmo tempo em que se entremeiam em graus quase imperceptíveis.
Mas, como devemos entender o apóstolo, quando ele diz, "permanecem esses três”? Ele aqui alude às operações milagrosas da igreja primitiva e contrasta com sua existência transitória a permanência constante na igreja cristã destas virtudes cardeais. Milagres fantásticos e de toda a sorte foram introduzidos para estabelecer a credibilidade do testemunho do evangelho, e tendo entregue suas provas, se afastaram daquela grande medida vista nos dias apostólicos, mas a fé, a esperança e o amor devem permanecer como o essencial da verdadeira religião.
Formas particulares de governo da igreja são apenas o traje que a piedade usa, ou a habitação em que ela reside, mas essas graças são o corpo, alma e espírito da religião vital. Quando estes não forem mais encontrados na terra, da piedade pode ser dito que se aposentou e se foi para sempre.
Mas, são estas as únicas virtudes cristãs que sobreviveram à era dos milagres e que estão destinadas a ainda viver e florescer na terra? Certamente não. O arrependimento, a temperança; sim, o que quer que seja verdade; tudo o que seja honesto; quaisquer coisas que sejam justas; quaisquer coisas que sejam louváveis; o que quer que seja de boa fama, são tão permanentes e tão fortes em suas obrigações, como a fé, a esperança e o amor; mas estas três virtudes cardeais representam, ou implicam, ou superam todas as outras. Elas são o tronco principal, do qual todos as outras emitem seus ramos, e pelo qual elas são apoiadas.
"Agora permanecem a fé, a esperança, e o amor, mas o maior deles é o amor!" O amor entre as virtudes cristãs é, como os poetas descreveram Gabriel entre os arcanjos - um serafim mais elevado do que todo o séquito de serafins. Mas não devemos supor que foi a intenção do apóstolo depreciar o valor e a importância dos outros dois. O que pode ser mais importante e necessário do que a FÉ pela qual estamos unidos a Cristo, e justificados à vista de Deus; pela qual purificamos nossos corações e vencemos o mundo? Volte para o décimo primeiro capítulo da epístola aos Hebreus, onde o escritor sagrado parece conduzi-la ao templo do cristianismo; e depois de expor os nomes, as estátuas e os atos registrados dos heróis da igreja, exibiu os despojos que eles ganharam nas batalhas do Senhor, como se dissesse: "Eis os triunfos da fé!" A fé é o meio do amor - daí diz o apóstolo: "A fé, que opera pelo amor".
Tampouco poderia ser sua intenção depreciar a ESPERANÇA, que é chamada de "a âncora da alma, segura e firme, que entra dentro do véu", da qual se diz: "Somos salvos pela esperança", e todo homem que tem esta esperança "purifica a si mesmo, assim como Ele é puro."
Muito menos estamos justificados, a partir desta expressão, para selecionar o amor como o objeto exclusivo de nossa busca, e cultivá-lo à negligência dos outros dois. Separar-se deles, pode não ter existência. Qualquer tentativa de construí-lo sem eles, é como o esforço para levantar uma superestrutura sem fundamento. "Acrescente à sua fé, a bondade fraterna e o amor", diz o apóstolo. É somente quando acreditamos no testemunho do amor de Deus para conosco, que está contido no evangelho, que passamos a possuir o amor cristão a nossos semelhantes.
O que o apóstolo quer dizer é que há algumas visões de amor, nas quais deve ser permitido possuir um grau mais elevado de excelência moral do que a fé ou a esperança.
1. O amor é o FIM, do qual a fé e a esperança são os meios de sua produção. O amor é o que poderia ser chamado de uma virtude última; e a fé e a esperança suas subordinadas. A própria justificação não é senão parte dos meios divinos para levar a alma do homem a um estado de perfeição moral. O fim último a ser obtido pela redenção é a restauração da imagem de Deus para o espírito humano; e o perdão é o meio introdutório e subsidiário para tal propósito. Daí a fé, pela qual somos justificados, ser um exercício da mente, que produz e pretende produzir em nós uma conformidade com o caráter divino. Não é uma graça que termina em si mesma, sem ser calculada ou projetada para originar e apoiar qualquer outra coisa, como é o caso do amor. A santidade é o fim da verdade - assim nosso Senhor nos ensina: "Santifica-os pela tua verdade". A verdade é recebida na mente pela fé para que ela possa transmitir a santidade, que inclui o amor. Observações semelhantes se aplicam à esperança, da qual se diz: "Todo aquele que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo". O amor cristão, então, atinge sua eminência por ser a virtude última que as outras duas produzem. O amor é aquela condição moral da alma que é o objetivo e o propósito da fé e da esperança, produzir.
2. O amor é uma graça SOCIAL, enquanto a fé e a esperança são exercidas em referência a nós mesmos. Acreditamos e esperamos com uma consideração imediata para nossa própria felicidade; mas no exercício do amor, consideramos a felicidade da humanidade. O amor cristão é um fluxo constante de sentimento benevolente, da pura fonte de um coração dedicado ao bem-estar de nossa raça. Fé e esperança são os canais pelos quais recebemos os fluxos de paz e alegria, da plenitude de Deus. Por este último, somos recipientes de felicidade; pelo primeiro, somos seus distribuidores - por acreditar, nos alegramos; por amar, despertamos as alegrias dos outros – pela fé nos tornamos herdeiros da salvação, e somos ministrados pelos anjos; pelo amor, nos tornamos anjos ministradores por nossa vez. Quão filantropo deve ser aquele homem que cultiva, e leva até a uma tolerável perfeição, a disposição do amor - tão lindamente descrita no décimo terceiro capítulo de I Coríntios, e que exibe todas as suas propriedades em sua comunhão com a sociedade. Como esse indivíduo deve abençoar todos com quem ele tem que lidar. À medida que prossegue em sua santa carreira, a tristeza é aliviada, o cuidado é atenuado, a necessidade é provida, a maldade é reformada por seus esforços; os gemidos da criação são silenciados e as lágrimas da humanidade enxugadas, por seu amor divino - e ele se torna, à sua medida, como aquele visitador celestial em nosso mundo, de quem se diz: "Ele andava fazendo o bem".
Examine, com admiração e prazer, as operações poderosas e as esplêndidas realizações do amor - este princípio poderoso e benevolente - como elas devem ser vistas no sagrado mais interior do cristianismo. O que são todas as instituições numerosas e diversificadas em nossa própria terra, onde a pobreza sem moradia encontrou um lar; a fome, um suprimento; infância abandonada, um protetor; uma velhice indefesa, um refúgio; a ignorância, um instrutor; a penitência, um consolador; a virtude, uma defesa – senão nos triunfos e glórias do amor cristão?
Quais são todas aquelas sublimes combinações de energias humanas, propriedade e influência, que foram formadas para a iluminação, reforma e salvação da raça humana? O que são Sociedades Bíblicas, Sociedades Missionárias, Sociedades de Tratados, Sociedades de Paz - senão os poderosos monumentos desse amor "que não busca o que é do seu próprio interesse e que é benigno?" Quais são as lágrimas de comiseração, que fluem por causa de tristezas humanas, senão as gotas que caem do olho do amor? Que alegria é excitada pela visão da felicidade – senão os sorrisos do amor? O que fez com que o grande apóstolo dos gentios se dispusesse não só a suportar qualquer acumulação de sofrimento, indignidade e opróbrio, senão o desejo de derramar o seu sangue como uma oferta para os outros, e até ser amaldiçoado de Cristo e da humanidade em geral, em benefício de seus parentes judeus? - amor! O que torna o missionário moderno disposto a ir para o exílio perpétuo da terra de seus pais e do seu nascimento, para passar os futuros anos de sua vida, e encontrar enfim uma sepultura entre as areias da África ou as neves da Groelândia; dispostos a trocar a sociedade e a polida comunhão dos europeus, pelos selvagens, cujas mentes são brutalmente ignorantes e cujas maneiras são repugnantemente ofensivas - dispostos a deixar a terra dos domingos e das Bíblias e das igrejas para regiões sobre as quais o "demônio da superstição" estendeu seu horrível domínio, e sob seu jugo nada é para ser visto - senão orgias em que luxúria e crueldade lutam pela preeminência? Amor!
O que soprou no coração de Howard – senão aquele espírito de amor que encheu sua mente com visões da miséria humana, e que trouxe de tantos calabouços o grito lamentoso: "Venha e nos ajude!" Que não podia mais descansar em sua própria casa ou em seu próprio país - mas viajava, uma e outra vez, através da amplitude da Europa, em busca de miséria; descendo até a cela do cativo, para que ele pesasse os grilhões, medisse a prisão estreita e examinasse a comida, para verificar se não havia mais miséria em sua desventurada e esquecida porção, do que a justiça exigida pelo castigo de seu crime? Foi o amor que formou o caráter desse ilustre homem, e o apresentou ao conhecimento e admiração do mundo civilizado.
O que foi que deu coragem, confiança e abnegação a essa mulher extraordinária, que se aventurou entre as fúrias de Newgate; onde, se não tivesse medo de que os assassinos tentassem tirar sua vida, devia ter calculado encontrar uma espécie de demônios, cuja malignidade, excitada pela pureza e virtude que pareciam ser mais fortes, pelo poder do contraste, seus próprios vícios, expeliriam sua raiva sobre o anjo que os havia perturbado? Se alguma vez a forma e a beleza do amor foram vistas em uma pessoa de nossa raça, foi na Sra. Fry quando ela entrou nas celas de nossas prisões metropolitanas, e chamou seus habitantes viciosos e repugnantes em torno dela, para serem instruídos e reformados.
E o que faz dez mil homens santos e mulheres santas empregarem-se continuamente em todos os tipos de esforços abnegados, para instruir os ignorantes, aliviar os miseráveis, e reformar os ímpios? Estas, ó amor celestial, são as suas obras, as demonstrações das suas excelências e as provas da sua preeminência!
3. É uma excelência distinta do amor, que é uma semelhança a Deus. Não nos surpreende, de modo algum, que o filósofo a quem foi proposta a pergunta "O que é Deus?" Deveria ter pedido um dia para preparar sua resposta; e quando esse prazo expirasse, deveria ter pedido um segundo e um terceiro, e confessaria, por fim, ao repreendedor monarca que propunha a consulta, que quanto mais examinava mais se confundia; e quanto mais ele penetrava, mais profundo e mais profundo ele parecia mergulhar na escuridão e no mistério. A Revelação veio em auxílio da fraca razão e, comparada com a última, lançou um resplendor sobre o importante assunto - e ainda assim, com a luz da verdade brilhando ao nosso redor, tão pouco compreendemos de Deus, que pode-se dizer, como nos respeita, "fazer das trevas o seu pavilhão", pois "quem, ao procurar, pode descobrir Deus - quem pode descobrir o Todo-Poderoso até a perfeição?"
De sua essência nada sabemos - de sua eternidade, onisciência e onipotência quase nada. Suas perfeições morais são, é verdade, mais facilmente compreendidas por nós - mas como estas são todas infinitas, é apenas uma pequena parcela daquelas pequenas coisas que podemos entender: "Ele é uma rocha, seu caminho é perfeito, sem iniquidade, justo e reto é ele." A justiça inflexível, a pureza imaculada, a verdade inviolável, a fidelidade irrepreensível, pertencem a ele; mas se esta era toda a visão que a Escritura nos desse de seus atributos, se a delineação do caráter divino parasse aqui, o quanto faltaria para o conforto do pecador!
Pode o criminoso trêmulo e condenado ter muito prazer em contemplar o poder, a justiça e a verdade do juiz, que mantém seu destino na mão - pelo menos até que ele saiba se esse juiz tem misericórdia também em seu coração? E tão pouco nos consolaria conhecer todos os outros atributos da Divindade, se não pudéssemos exclamar exultantemente, na linguagem do apóstolo: "DEUS É AMOR!" Declaração sublime e que reaviva o coração! Nunca foi algo pronunciado mais calculado para deleitar a alma do homem.
Essa visão da Deidade é peculiar à revelação. A idolatria, em todos os seus dispositivos estranhos, em todos os seus processos de formação de imagens, nunca concebida tal poder de Deus, sabedoria, justiça, verdade, todos receberam seus símbolos apropriados de divindade e foram adorados sob formas materiais; mas a benevolência não tinha nenhuma estátua, nem templo, nem sacerdote. Era uma concepção muito pura para o coração humano, e uma ideia muito elevada para a razão humana.
"Deus é amor!" Isto não se refere, naturalmente, à sua essência, mas ao seu caráter. Significa que a benevolência é todo seu caráter moral - não só que sua natureza é uma soma de excelência infinita - mas que sua conduta é um poderoso impulso para o que é bom; em outras palavras, que a disposição divina é uma propensão infinita a deleitar-se com a felicidade, como já existente, ou para produzi-la, onde ela não existe. Mas, seja lembrado que a benevolência de Deus é o amor de um governador ou governante, e não meramente de um filantropo ou um pai; e que, no exercício da sua boa vontade para qualquer parte em particular, não pode sacrificar o bem-estar do todo; e, consequentemente, sua benevolência não é apenas compatível com o exercício da justiça retributiva - mas a exige.
Tal é a disposição daquela mente divina, à qual, pelo amor cristão, somos conformados - que a benevolência da Deidade, que, em sua propensão para deleitar-se na felicidade, e para criá-la, o torna infinito em paciência, para suportar os milhões de crimes que o insultam e provocam diariamente; infinito em misericórdia, para perdoar as transgressões mais agravadas; infinito em bondade, para suprir as necessidades e o conforto de suas criaturas. A maior preeminência no amor cristão, a joia mais rica em sua coroa de honra, é a sua semelhança com Deus. Não há nada remotamente análogo à fé, ou esperança, na natureza divina. De Deus, que é onisciente não pode ser dito que deve crer; nem dele, que é infinitamente abençoado, e possuidor de uma plenitude divina, pode ser dito que tenha esperança; mas ele pode e deve amar! A semelhança com Deus é a maior glória do homem. Devemos considerar uma honra ter uma fraca impressão de alguns dos mais distintos da raça humana. Seria um grande elogio dizer que nosso gênio se assemelhava ao de Milton e nossa benevolência a de Howard; que nossa fé era como a de Abraão, ou nossa mansidão semelhante à de Moisés. Mas, quanto maior é a distinção de carregar, pelo amor, a imagem de Deus!
4. O amor é ETERNO em sua duração - ascende conosco aos céus, para viver em nossos corações, como o temperamento de nossas almas, para todo o sempre. É questionado por alguns se as outras duas graças cessarão no estado celestial. Tem-se sustentado que, como as glórias da natureza divina são ilimitáveis e inumeráveis, e a mente glorificada não alcançará um perfeito conhecimento dessas coisas de uma só vez - mas continuamente recebendo novas comunicações sobre esse vasto tema, deve haver fé e esperança no céu; pois, à medida que as recebemos sucessivamente, devemos crer na certeza daquelas que estão para vir, e deveremos perpetuamente olhar para a frente com expectativa e desejo. Mas, isso não pressupõe o que não pode ser provado, que nosso conhecimento de Deus e coisas divinas será comunicado no céu pelo testemunho, e não por ser adquirido pela intuição? Não é absolutamente necessário que nosso crescente conhecimento, nossas ideias eternamente acumuladas, sejam assim transmitidas a nós; pois podem, por qualquer coisa que conhecemos, ser a recompensa do estudo agradável, ou podem fluir para a mente, como as ideias da sensação fazem na alma, sem qualquer esforço, e podem também vir com toda a certeza dessa intuição, pela qual percebemos a verdade dos axiomas. Dizer que isso é crença, é confundir duas coisas essencialmente distintas - conhecimento e fé. De modo que não parece claro que a fé, em qualquer sentido do termo, existirá no céu.
Mas, embora pudesse provar-se que, em alguma modificação do termo, ela seria exercida no estado celeste, tal crença diferiria tão materialmente da que agora possuímos, e pela qual somos justificados e salvos, e com propriedade, podemos dizer que a fé cessa no céu. Todos os grandes objetos a que a fé se refere agora estão "ausentes" - acreditamos na sua existência, através do relatório que é feito deles na Palavra de Deus; mas no céu estarão imediatamente presentes aos sentidos do nosso corpo glorificado, ou a faculdade perceptiva do nosso espírito tornada perfeita.
Nem como respeita à esperança, é de certo modo certo que ela existirá no estado celestial; pois embora seja difícil conceber como pode haver outra coisa que não seja um futuro, mesmo na eternidade, e como pode haver um estado de espírito que não seja o desejo e a expectativa de um bem futuro - ainda assim, como na esperança há geralmente algum grau de dúvida e incerteza, o estado de espírito com que os espíritos glorificados contemplam e antecipam o bem futuro, pode ser uma certeza indubitável que exclui a inquietação do desejo e a incerteza da expectativa.
Na hora da morte, o crente fecha o conflito com seus inimigos espirituais, entra em um mundo onde nenhum inimigo jamais existirá e onde, é claro, ele não precisa mais de armas defensivas ou ofensivas. Ele tira o capacete da salvação, pois a esperança não é necessária quando ele é posto em plena posse - ele deixa de lado o escudo da fé, pois conhecerá assim como é conhecido, e ele estará além dos dardos de fogo do ímpio – a couraça da justiça que ele mantém, não como uma arma - mas como um ornamento - não como um meio de defesa - mas como um memorial da vitória - seus pés já não são calçados com a preparação do evangelho da paz, pois ele não mais tem que pisar nas armadilhas do destruidor, nem ser exposto a seus dardos - a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, será embainhada, e pendurada com a trombeta no corredor - a oração cessará, onde não há necessidade de ser suprido, nenhum cuidado para ser aliviado, nenhum pecado para ser perdoado, nenhuma tristeza a ser acalmada - a vigilância não será mais necessária, onde nenhum inimigo nenhum perigo são encontrados - os meios de graça serão todos inúteis, onde a graça é engolida em glória - a submissão jamais será exigida, onde não há provações - e até mesmo muitas das propriedades do amor em si parecerão absorvidas em seu princípio geral - muitas de suas modificações e operações cessarão, em meio ao seu deleite eterno na perfeita excelência e felicidade - pois não pode haver perdão de injúrias onde ninguém será injuriado; paciência onde não há nada a sofrer; nenhuma ocultação de faltas onde nenhuma possa ser cometida; nenhuma abnegação onde não haverá nada para nos tentar. Como deve nos estimular ao exercício da tolerância mútua e da comiseração agora - considerar que é o único estado onde essas virtudes podem ser concedidas!


Este texto é administrado por: Silvio Dutra
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