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Princesa do Povo
Marco Antonio Cruz Filho

Resumo:
“Era uma vez, em um Império distante”
Uma princesinha estava passeando de carruagem junto a seu pai, um grande Monarca. Notou a pequena herdeira que todos se curvavam à medida que a carruagem passava. Isto intrigou a garotinha, que perguntou a seu pai: “Papai, toda esta gente constitui o Povo?” No que este respondeu: “Sim, uma parte do Povo!” “E algum dia este Povo me pertencerá?” “Não, minha filha...

“Você é que pertencerá ao Povo!”

Antes que revelemos os nomes dos protagonistas deste diálogo verídico, cabe perguntar...

Não seria estranho se nas escolas dos Estados Unidos da América se ensinasse às crianças que George Washington fora um cretino que nada de bom legara à História Norte-americana?

Não seria estranho se nas escolas da América hispânica se ensinasse às crianças que Simon Bolívar fora um Tirano que apenas soube reprimir o Povo sofrido?

A resposta é: “Sim, seria estranho! muito estranho!” Pobre do País que, ao invés de reverenciar seu passado e seus Heróis, os ignorasse e humilhasse sua Memória Histórica!

George Washington fora o principal líder da Independência dos Estados Unidos da América contra o Reino Unido! A América Hispânica não seria independente da Espanha sem o protagonismo de Simon Bolívar!!! Teria algum sentido se estes fossem ridicularizados em seus países??

Sinceramente? Teria sim algum sentido! ou melhor: teria, se o país que esses dois libertaram se chamasse...Brasil!!!

O Brasil é o único país do Mundo onde, sob uma desonestidade intelectual idiota e retrógrada, os Principais Nomes de sua História são tratados como vilões e malandros! Dom Pedro I fundou a Nação brasileira, mas é demonizado como um mulherengo inútil! Ninguém se lembra dos bravos guerreiros que expulsaram os holandeses do Nordeste! E Santos Dumont, o pai da Aviação Mundial? Suas estátuas são pixadas por delinqüentes em todo o território brasileiro!

Infelizmente estes não são casos isolados! O pior dos exemplos se dá na episódica Guerra do Paraguai, onde uma visão “politicamente correta” ensina às crianças brasileiras que o Brasil “humilhou” o “coitadinho” do Paraguai, desconsiderando que o próprio Paraguai nos Agrediu primeiro, com o intuito de anexar a atual Região Sul, além de São Paulo e o que hoje é o Mato Grosso do Sul ao território Paraguaio!

E você conhece a “Questão do Pirara”? Foi quando um dos nossos governos republicanos, que nunca deu muita atenção à região amazônica, perdeu 20.000km² do atual estado de Roraima para uma potência estrangeira! Mas você bem sabe que os partidos que governam nossa república se vendem facilmente para mega-coorporações internacionais que hoje estão retalhando a nossa Amazônia, não sabe?

Tratemos, então, de uma grandiosa personalidade Histórica Brasileira, uma das mais injustiçadas por nossa classe acadêmica, que está “ensinando” coisas completamente erradas às nossas crianças, nas Escolas Primárias, e aos demais jovens, nos péssimos “cursos” de História das nossas Universidades!...

A Princesa Isabel...Ou melhor...

“Sua Alteza Imperial a Senhora Dona Isabel, Princesa Imperial do Brasil”! A primeira mulher das Américas a assumir a chefia de um Estado!

Antes de dizermos o porquê de Dona Isabel ser muito injustiçada, cabe fazer uma homenagem aos grandes André Rebouças e José do patrocínio, dois corajosos abolicionistas, homens honrados! Continuemos, pois!...

Dona Isabel é injustiçada porque hoje “se ensina” que a Abolição dos Escravos “não foi” obra de nossa então futura Imperatriz! Com uma desfaçatez assustadora, esconde-se que, se não fosse a oposição da Casa Imperial aos donos de escravos, os negros cativos só seriam libertados em 1.920 e olhe lá!!!

Hoje, erroneamente, afirma-se que “a Abolição aconteceria de qualquer jeito, com ou sem Isabel!”. Mas não dá para garantir que a Abolição aconteceria em um regime implantado pelos inimigos da liberdade! Não há lógica nesta afirmação!

Dona Isabel de Bragança, ao assinar a Lei Áurea, redimiu o Brasil, pois os escravos foram elevados a súditos do império e a cidadãos brasileiros! “Ensina-se” atualmente que o Brasil era “escravista porque era uma Monarquia”, sendo que isto carece profundamente de lógica!

E tem mais! Dona Isabel apenas assinou a “Lei Áurea” porque sabia que a mesma não previa indenização aos donos de escravos! Conseqüentemente, quase todos os “coronéis” passaram a desejar a queda da Monarquia e a imposição da república! Convenhamos: o direito à propriedade é justo e inalienável! Desde que os donos de terra levem em consideração as necessidades do Povo!

O Império do Brasil, outrora respeitado perante o Mundo, só caiu porque nossa Família Imperial se opôs - e legalmente acabou com ele - ao sistema escravista no nosso País! Se nossa Família Imperial era “oligárquica”, porque fizeram questão de contrariar nossa elite agrária – os sustentadores de nossa economia? Que se repita: os escravocratas, sentindo-se lesados, impuseram a república no Brasil!

Relatos de época comprovam como foi decadente a transição para o século XX, com os presidentes anti-democráticos da República Velha governando o País, ignorando as vozes das ruas (e reprimindo legítimas manifestações populares, como Canudos, o Contestado e a Revolta da Chibata bem depois veio o Golpe de 1.964) e delirando em suas práticas tirânicas de governo! O III Reinado de Dona Isabel I teria dado um caminho melhor para a História do Brasil!

Vejamos detalhadamente o que Dona Isabel fez enquanto princesa regente:
1ª regência: Assinou decretos que facilitavam a naturalização de estrangeiros (nossa economia buscava se diversificar); reformou a Organização Judiciária; assinou a Lei do Ventre Livre.

2ª regência: Criou várias escolas primárias e normais e reestruturou o Colégio Naval – a propósito, nos tempos do Império, o Brasil possuía a segunda mais poderosa marinha do Planeta! (isto te ensinaram na escola?)

3ª regência: Tomou medidas para descentralizar a Administração do Império; Mandou construir casas para operários; Executou as Leis do Registro Civil; Criou e reestruturou importantes órgãos governamentais. Agora vejamos o que os republicanos não deixaram Dona Isabel fazer!

1ª coisa: Com o Golpe de Estado que derrubou a Monarquia em 1.889, os republicanos impediram que Dona Isabel utilizasse os fundos do Banco Mauá oferecidos pelo Marquês de Santa Victoria para assentar os ex-escravos ao longo das estradas-de-ferro. Os republicanos pois, não permitiram que desde já fosse resolvido (da maneira correta) um problema que ainda hoje atrapalha o Brasil: a Questão Agrária!

Os republicanos não estavam interessados nem na ORDEM, nem no PROGRESSO!

2ª coisa: Dona Isabel queria, assim que fosse Coroada Nossa Augusta Imperatriz, criar o voto feminino! Dizia ela: “Se podemos reinar, podemos votar!” Mas eis que ela fora sumariamente arrancada do poder! O voto feminino era algo que simplesmente não interessava aos coronéis que impuseram a república! Às mulheres só foi dado direito a voto cinqüenta anos depois! Aliás, não foram apenas elas que continuaram marginalizadas na vida política: no reinado de Dom Pedro II, 13% da população podia votar! Fica aí um recado para as mulheres que se dizem humanistas e progressistas, mas que acreditam no que se conta nas novelas globais e não nos verdadeiros fatos históricos: não apenas elas foram impedidas de votar como também o índice de votantes baixou os meros 2% da população!

Desde então, desde a imposição da república, ensinam-se coisas erradas a respeito de nossa Família Imperial!

Dona Isabel é, assim, uma das pessoas mais injustiçadas pela memória Histórica Brasileira!

Há de se contar ainda que naqueles tempos os brasileiros, que se orgulhavam e respeitavam sua Família Imperial, carregavam junto de si algo que sumiU com o advento da república: PATRIOTISMO!

Hoje o Povo Brasileiro se envergonha de si mesmo e nega todo seu potencial! O brasileiro não se vê como uma possível potência, apesar do nosso tamanho e das riquezas! Hoje os brasileiros se curvam, ou ante os EUA, ou ante a Rússia e a Cuba!

Dona Isabel, com a família imperial, defendia, antes de tudo, o Brasil! A “proclamação” da república foi feita sem consulta popular! Os entreguistas derrubaram a Monarquia!

Sobre a história inicial: A princesinha era a Sua Alteza Imperial Dona Isabel; seu pai, obviamente, era Dom Pedro II, o último Estadista que o Brasil teve!

Terminemos com outra pequena história: “Era uma vez, em um Império bem próximo de nós” com a “proclamação” da república, a Princesa Dona Isabel perdeu o Trono. Ao passar pela sala onde assinara a Lei Áurea, bateu com energia na mesa que usara para o ato, e disse: “Se tudo o que está acontecendo provém do Decreto que assinei, não me arrependo um só momento! Ainda hoje o assinaria! Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria!”

Dona Isabel Christina Leopoldina Augusta Michaela Gabriela Raphaela Gonzaga de Orleans & Bragança a princesa do povo brasileiro.

A Memória Histórica deste País, que se envergonha das glórias de seu passado, e que mente sobre as mesmas, agradece!

Nossa juventude atual venera as mulheres estrangeiras! Este texto é uma homenagem em honra desta grande mulher brasileira!

Fonte: Causa Imperial

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