sou
muito
precavido
de tentar,
até duas
vezes,
o laço
de viver.
ora, de
muito simples,
vim da roça,
de charrete,
por trilhas
de cavalos,
sempre
rodeado
de flores,
e árvores
nem sempre
prumas.
vim por vir,
cheguei
de bruço
e torquilho
de dores.
tudo isso
pra ver
santinha:
mulher de
ritmo forte,
cabelos
de
cachecol,
olhos
benditos
de andorinhas.
vim alegre,
de passo
rápido.
mateiro,
ah! me
quebrei
na cidade!
explodi
igual
belo
morteiro.
mas fui na
casa de
santinha.
fui lá de
saudade
batendo
de medo,
igual à
tora-tora
de árvore,
que caem
lá
perto de casa.
quando cheguei
à custo,
na casa
da flor
santinha,
e a encontrei
no parapeito
do janelão
fazendo festa
de são judas
nos
braços
de outro -
um jamelão -
quase
desquadrinhei!
minha pura
santinha.
tão famosa
lá na roça,
por sua
formosusa e
santidade
provada,
agora vive
por moedas,
nos braços
de outro?
vim,
logo embora,
de quatro,
e sem mais
nada pra assinar!
peguei de lado,
a primeira
charrete
de burro!
e hurra!
vim prá casa,
todo embora.
mas até hoje,
hoje,
passado uns
pães de anos,
ainda
bem lembro
dela
que
de belo
dizia:
amor,
frestas de
amor
meu!
nunca...
nunca vou
esquecer
você !
hoje prefiro
fenecer
de morte
por namorar
outras santinhas.
mulher de quatro,
sem sorte.
agora,
vou de
asa, pra morar
sozinho!
agora,
ora de fazer
farinha
e tentar
dormir!
santinha
morreu!
tudo isso
aconteceu
em agosto.
mas viva rosinha!
que nisso,
me salvo
eu!
mesmo
nadando de
desgosto!
|