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A reeleição de Putin em 2024 sinaliza muita coisa para a Europa e o mundo. Fazer uma leitura desta reeleição é importante para entendermos possíveis pretensões futuras não só do governo Putin como da Rússia. Se há dúvidas quanto a legalidade eleitoral de Putin será preciso abrir longo debate internacional, coisa que não farei aqui.
O primeiro impacto é negativo. A figura de Putin está desgastada internacionalmente pelo conflito com a Ucrânia e crimes de guerra. Politicamente, ele é visto como um ditador e suas alterações na Constituição para candidatar-se expressam bem isto. Pode ser preso caso saia da Rússia e há questão da eliminação de opositores.
Assusta como a população russa não reage de forma enérgica contra a ditadura imposta por Putin e seu partido político demonstrado pouco valor pelas vidas perdidas nos dois lados da guerra. Vale lembrar que historicamente a Rússia começa em Kiev, hoje a capital ucraniana. Esta "irmandade" parece não ser algo interessante aos russos.
Tudo isto mostra que a Europa terá problemas em 2024 e nos próximos anos. Há um sonho da volta da extinta URSS em novo formato, maior e adaptada ao século XXI. Possível expansão para novos territórios não está descartada e os suecos estão preparando civis para situações emergenciais e críticas. A Europa dorme assustada no momento.
Putin agarra o poder como um soldado ao seu fuzil numa guerra. A cada reeleição ele fica mais distante para ser questionado por organismos internacionais valendo-se de possível imunidade. Piorando o cenário, Putin recebe apoio de Belarus, país vizinho na Europa, controlado por outro ditador e mostrando que há uma "frente pró-Rússia".
Países como França e Alemanha tentam soluções dentro das vias legais e ajudando a Ucrânia dentro dos limites bélicos. O temor é justificável. Ninguém deseja ser vizinho da Rússia no futuro. O plano é tentar negociar evitando uma guerra de proporções continentais envolvendo diversos atores europeus e mundiais. Paz é o desejo.
O bastão russo não será passado neste momento e quando for será alguém alinhado ao estilo Putin de ser. Chama bastante a atenção diversas populações apoiando extremistas e ditadores em diversas partes do mundo, submissas e carneiristicamente controladas. A Europa que se cuide e procure finalizar a guerra rapidamente. Aguardemos.
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