É comum o jornalismo aderir a um governo ditador e centralizador. Entretanto, estamos assistindo a uma imprensa que, diante do que vemos, finge normalidade. Essa crise de credibilidade reflete na audiência; o contraste entre a tecnologia e a notícia enviesada gera revolta. A Rede Globo, que era uma referência de excelência, é o principal alvo das críticas: “Globolixo”.
O amadorismo, a falta de seriedade e a molecagem com que a ‘GloboNews’ vem abordando temas sérios corrobora o trocadilho que virou o principal xingamento da emissora e o símbolo do péssimo jornalismo praticado. A vítima direta dessa revolta popular é a linha de frente, ou seja, os cinegrafistas, repórteres e outros funcionários de rua.
O que estão fazendo com a ‘GloboNews’ traz sinceras dúvidas se há um comando ou se estão tentando sabotar a TV a cabo. A hipótese mais plausível é que a farta irrigação de dinheiro público para o canal iniciou uma disputa ensandecida para despontar como o empregado mais aplicado e envolvido com a causa petista ou, fazendo uma caricatura, o “funcionário do mês”. Outra teoria, embora no “campo varzeano”, é a “briga de rua” (a 5ª série) que o jornalismo profissional entrou. Com anos de experiência, os jornalistas profissionais não souberam lidar com a concorrência da internet e se rebaixaram a blogueiros militantes e amadores.
Alguns anos de observação já são suficientes para saber que a “guerra TV x WEB” será vencida pela WEB, cedo ou tarde. Apesar da comovente luta pela sobrevivência, o antigo jornalismo está sendo passado para trás, mesmo tachando toda informação que vem de fora da “bolha” como “fake news”. A maneira da “velha imprensa” se diferenciar da velocidade da “nova imprensa” seria a boa qualidade, no entanto, ela se rebaixou a um site de fofocas, que publica notinhas irrelevantes, ou um militante virulento, que “acha feio o que não é espelho”.
As risadinhas que os apresentadores e debatedores da ‘GloboNews’ forçaram hoje, tenho certeza, só estão sendo guardadas para virarem meme amanhã.
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Gazeta Explosiva
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