Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Coisas Perenes
José Ernesto Kappel

Sou parte da nesga,
que constrói o desespero,
do início e do fim
das coisas perenes.

Formo a angústia da espera.
Torno o tempo escasso
e volátil.

Sou pária em seus braços,
colisão da ausência.


Sou texto familiar,
moinho espanhol,
palha dos mendigos.

Meu caminho é pedrado de
dúvidas, é
rota de colisão
com a ânsia e a solidão.

Sou administrador de
luzes,

senhor de
todos os ásperos,
dono do prazer
enigmático.

Sou plantonista do acalanto
dos sem fins,
dos sem causa,
e sem sombra.

Moro à bessa,
a beira de um rio,
onde falha a segurança,
e brinco de vida e morte
- um caso especial -
sem moralidade !

Meu sol não acende
mais minha vida, e a lua
é quadro lastimoso,
estático,
que não inspira coisas
de amor,
mas só levanta o pó
dos tropeiros da guerra.

Agora, nas horas
de minha vida,
é hora para caminhar entre
arranhos e
desesperos,
e nadar no vazio
das almas ocasionais.

À você fica o abraço querido:
quando da próxima vez a nos ver,
trás um pouco de cura,
e um formidável abraço
de acalanto !

Número de vezes que este texto foi lido: 60533


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Amor de Feituras José Ernesto Kappel
Poesias O Vento e a Água José Ernesto Kappel
Poesias Do Outro Lado José Ernesto Kappel
Poesias Montanha José Ernesto Kappel

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 461 até 464 de um total de 464.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Ainda estou aqui - César Vergara de Almeida Martins Costa 93 Visitas
Sobre ser mulher - Flora Fernweh 89 Visitas
Você não acredita em energia? - Isnar Amaral 83 Visitas
Ampunheta - Flora Fernweh 79 Visitas
Agora o ano começou - Flora Fernweh 79 Visitas
Soneto dos dois anos de amor - Flora Fernweh 73 Visitas
Considerações sobre o Oscar 2025 - Flora Fernweh 68 Visitas

Páginas: Primeira Anterior