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Livro e banho
Flora Fernweh

A leitura é, sobretudo, o melhor banho que a alma poderia receber. Ler é purificar os pensamentos através de palavras, é um retorno gradativo a si, na medida em que as interpretações possíveis que constantemente fazemos sobre as obras as quais temos a oportunidade de degustar, nos revelam o modo como enxergamos o mundo ou a ficção. Um livro pode ser uma ducha fria de frases cruas e alfinetadas que precisávamos receber, ou um banho quente de deleite narrativo, inspiração e deleite poético.

A mãe, vendo seu filho vidrado o dia todo no videogame, lhe ordenou: “vá ler um livro!”
E a criança, de início contrariada, obedeceu ao comando.
Virou as primeiras páginas, se esforçando um pouco para gostar da leitura e se permitindo mergulhar nas aventuras que o livro trazia. Um instante depois, o menino já estava hipnotizado pelas palavras, e não foi fácil se desprender delas depois…

O pai, vendo que sua filha brincou o dia inteiro na rua, lhe ordenou: “vá tomar um banho!”
E a criança, de início contrariada, obedeceu ao comando.
Ligou sua ducha, esperando a água esquentar e preparando seus sabonetes e bolhas de sabão. Um instante depois, a menina já estava se divertindo com a espuma e cantando alegremente debaixo do chuveiro, e não foi tão fácil assim se desprender do banho…

Qualquer semelhança não é mera coincidência. Ler um bom livro é como experimentar um bom banho: primeiro nem queremos entrar, mas depois não conseguimos mais sair. De início a preguiça nos abate e até nos estagna em uma zona de conforto, o pensamento sobre o esforço necessário é quase o suficiente para nos fazer desistir. Mas uma vez lá dentro, seja de uma história fascinante ou de um banho quente, sair é, no fim das contas, a escolha que não queremos fazer. Não temos outra opção, senão voltar…


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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Publicações de número 381 até 383 de um total de 383.


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