Quando o olhar se perde na lembrança,
Há do presente uma distância.
A alma fica alucinada
Pela razão de nada conseguir resolver,
Só lembrar!...
Lembrar e se dissolver na amargura
Do que se deixou de fazer
Ou não fazer,
E aí nossa alma é como um barco sem o mar
Mar infinito do verbo amar
Que só existe na felicidade dos que não se perdem
Com o olhar distante a procurar o que ficou no passado,
Uma história incompleta,
As pessoas sem rosto,
Sem o semblante de paz,
O barulho louco de uma estrada que não me levou a lugar nenhum,
Tantas pessoas que pela minha vida passaram...
Só passaram! Não chegaram para somar!
E eu continuei um,
Eu comigo mesmo!
Mas não quero estar a esmo,
Como uma bala perdida.
Tenho vida,
Tenho o poder de recomeçar
Pois graças a Deus estou respirando
E a cada fôlego vou superando,
Vencendo o medo,
Vencendo o passado,
Abrindo o meu coração para viver a fé
E me alimentando da certeza
Morar no abrigo de Deus
E iluminar meu olhar para o Alvo,
Para não ficar mais distante...
No mundo que já passou,
Lá onde habitam as pessoas sem rosto
Que vivem uma vida sem gosto.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Outros títulos do mesmo autor