Força soturna
Como debelar este vírus instalado
nas entranhas da alma,
que se alimenta da ausência,
e da falta de ressonância.
Aplasia permanente,
que insiste em lançar-me ao vazio
revelando-me quem sou.
Força soturna e destrutiva,
Que cobra algo que não alcanço.
Emboscada interna que não me permite
desatar seus profundos nós .
No afã de superá-la,
entrego-me,
diuturnamente,
a usar meu ardil de resiliência.
Recorro à poesia
e romantizo a dor
denominando-a: SAUDADE!
Sueli Couto Rosa
Cascais, março 2018
|