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Os desafios que habitam os centros urbanos
Flora Fernweh

Na obra "O Cortiço", o escritor Aluísio Azevedo traz à tona por meio de uma produção literária, uma crítica ao modelo de vida em decorrência da precariedade urbana presente no Rio de Janeiro. De forma análoga, são nítidos os desafios advindos da desigualdade social, da falta de planejamento e do crescimento demográfico expressivo presente nos diversos centros urbanos brasileiros, cujas consequências se manifestam no exercício da mendicância e na inviabilidade infraestrutural.
     Apesar da alarmante situação em que as cidades e suas respectivas populações se encontram, dados apontados pelo IBGE em 2016, elucidam uma realidade em transição, motivada principalmente pela conscientização das classes mais abastadas a respeito de um modo de viver geograficamente próximo, porém economicamente distante, visto que o processo de favelização por exemplo, é notadamente marcado pelo contraste entre a riqueza e a pobreza. A partir da análise desse modo de encarar os desafios relacionados à habitação, é possível afirmar que a deficiência de moradias ainda é um dos obstáculos pendentes e insustentáveis, entretanto, identificável e cada vez mais explícito.
     Entre as principais motivações para o alastramento do déficit habitacional, estão: a ilusão de que os grandes centros urbanos proporcionam uma melhoria de vida através do trabalho (semelhante concepção que atraiu imigrantes e promoveu a revolução industrial), a falta de espaço em locais seguros, o que conduz à formação de núcleos periféricos e a elevação dos preços de aluguéis e de moradias. Somado a essas questões, realça-se o impacto social da realidade de um país cuja desigualdade se encontram nas bases de sua formação.
     Diante de um cenário no qual é evidente a importância de adequações e melhorias de cunho habitacional, sanitário e econômico, é fundamental a atuação do Governo Federal juntamente com órgãos especializados, na elaboração de políticas públicas que reduzam os desafios resultantes da inequidade na distribuição de renda, através de projetos de inclusão populacional e da concessão de localidades que poderiam ser aproveitadas com essa finalidade, atingindo assim a população deslocada, favelizada e moradores de rua, além de possibilitar um padrão de vida mais digno aos necessitados e um aperfeiçoamento da realidade urbana nas mais diversas esferas sociais e habitacionais, visto que não basta ignorar os empecilhos, é preciso procurar por soluções práticas cujo resultado se noticie a curto e a longo prazo.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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