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IMPLOSÃO MENTAL
IMPLOSÃO MENTAL
teresa armando elios da silva

Resumo:
Quando dizemos para nós mesmos:
_Deixa prá lá! Será que deixamos mesmo? Será que seríamos capazes de dimensionar quanto tempo perdemos em "remoermos" situações doloridas para nós? Será que tomamos o veneno da mágoa, da culpa ou achamos que o outro que tomou, achamos porque sabemos que o veneno fica apenas conosco.

IMPLOSÃO MENTAL

É uma consequência das dores da alma, mágoa, cólera, raiva, fúria, medo, ansiedade, preocupações, querer controlar tudo e todos.
As dores da alma são sintomas de sentimentos mal direcionados, não resolvidos, que canalizam em alguma parte do corpo, o coração e o cérebro são os que mais sofrem consequências intensas.
Quando explodimos com alguém em decorrência de alguma situação ou com várias pessoas, nos sentimos aliviados , momentaneamente, dizemos para nós mesmos:
_ Estou aliviada (o), consegui dizer ou fazer tudo que estava com vontade, me sinto outra pessoa.
Será mesmo?
Quando ocorre uma situação a descarga emocional é tão intensa, que se pudéssemos tirar uma foto da pessoa que está explodindo, ela teria vergonha, se ainda mais se fosse possível fotografar os raios, as faíscas dessa explosão, teria mais vergonha de ter agido desta maneira.
O clima fica pesado, pessoas são magoadas, acusadas, as vezes, de situações que nem mesmo se deu conta que provocou toda essa ira, famílias são destruídas, separações, crianças magoadas, pais, mães, amigos, colegas de trabalho,... ficam anos sem se falarem em razão de alguns minutos de desabafo que nos deixaram aliviados, nos fazendo sentir ser uma outra pessoa.
Realmente, outra pessoa sim, alguém que deixou se levar pelo calor do momento, xingou, gritou, matou, bateu, ofendeu com palavras pesadas, porque precisava desabafar.
Quando a situação chegou neste ponto é porque o autocontrole, o autoconhecimento e a empatia, não foram postos em prática.
_ Será que vale a pena discutir ou tomar uma atitude drástica?
_ O que provocou toda essa raiva, essa fúria dentro de mim?
_Tenho culpa ou estou me fazendo de vítima não querendo assumir minha parcela de culpa?
_Depois deste meu desabafo explosivo, vou arcar com as consequências, sozinho, ou vou arrastar terceiros comigo?
_ O que eu fiz para que não chegasse a este ponto?
Se não desabafamos, explodimos, nós nos implodimos mentalmente, ficamos cuidando com tanto carinho das nossas mágoas, rancores, como se fosse um recém-nascido que vamos acompanhando o seu crescimento, e ai vai,... esse sentimento cresce tanto que não conseguimos pensar em outra coisa, nos ligamos mentalmente a pessoa(s) e vamos alimentando, com tanto carinho, essa ligação que passa a ser o nosso sentido para viver, nos imaginamos xingando, ofendendo, batendo, matando, judiando,...
Sem nos darmos conta, vamos nos implodindo mentalmente criando doenças reais, o ódio é tanto que vai envenenando o nosso corpo.
Tanto a implosão como a explosão, dão sinais vão crescendo e tomando formas mentais causando dores físicas, insônia, medo, ansiedade, síndrome do pânico, pavor, taquicardia, sudoreses, má digestão, prisão de ventre, dores na coluna ou apatia e fobia social.
Consequências mais danosas , suicídios, assassinatos, violências, transtornos psicológicos, vícios, perda da autoestima,...
Quando sentimentos negativos surgem dentro de nós e dominam o nosso pensamento, devemos buscar um autoequilíbrio.
Como?
Através do autoconhecimento, autoanálise diária das atitudes que estou tomando ou querendo tomar e prever as consequências que poderão advirem. Atenção a sinais diferentes no meu corpo que estão tirando a minha concentração na minha rotina diária, pensamentos negativos constantes, desejos de vingança, ódio, pensamentos suicidas,...
Através da prece, ligação com Deus, buscando forças e serenidade para estudar melhor o que pretende fazer.
Procurando um recanto de paz junto a natureza para acalmar os pensamentos.
Procurando uma ajuda psicológica.
Caso haja necessidade uso, indicado por profissionais, de medicamentos ansiolíticos.
Encontrar outro foco, família, estudos, lazer, uma boa leitura.
E, principalmente, a junção da fé, paciência e gratidão. Gratidão por ter um cérebro para pensar e você comandar e não o contrário, que a vida é o bem mais precioso que Deus nos concedeu e que deve ser cuidada com carinho, que a boca fala do que está cheio o coração, que a autocrítica evita desastres futuros, que os segundos que se para e reflete se vai continuar agindo explosivamente ou não, é o divisor de águas para que se evite o pior e se arrependa.
O silêncio é o melhor caminho, na solidão encontramos respostas para as nossas dúvidas. É neste momento que há o encontro com o seu eu, ele lhe dará as soluções se souber ouví-lo.
Não é o que entra pela bôca, alimentos mal lavados, falta de higiene que lhe faz mal, isso são cuidados básicos do dia a dia, é o que sai da bôca que contamina o outro e tudo a sua volta e, muito mais a nós mesmos, matamos a nossa autodefesa e tiramos a nossa paz interior.
Prece, autoconhecimento, silêncio, empatia, evitarão desgostos, aborrecimentos, talvez, irreversíveis futuramente.
.



Biografia:
Sou assistente social e gestora do terceiro setor, trabalho com autoconhecimento direcionado a crianças, adolescentes e suas famílias.
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