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O OLHAR QUE FAZ A ARTE, A ARTE QUE FAZ OLHAR
Flora Fernweh

De acordo com a escritora francesa Simone de Beauvoir, é na arte que o homem se ultrapassa definitivamente. De modo análago, a arte assumiu diferentes papéis e concepções na vida das sociedades no decorrer da história, assumindo um importante valor estético em defesa do belo na arte clássica, religioso em busca da salvação eterna no século das trevas, cultural no mundo moderno em vias de movimentos de efervescência política e ideológica, e crítica na contemporaneidade instável e imprevisível, tendo em vista, a formação humana.
     A discussão acerca daquilo que pode ser considerado arte ou não, permeia séculos e sempre adquiriu o caráter polêmico da representação do mundo. Marcel Duchamp, o precursor do Ready-made e um dos artistas pertencentes à vanguarda dadaísta da anti-arte, proporcionou uma reflexão sobre os limites da interpretação artística ao expor um urinol em um ambiente erudito e tradicional. Seu ponto de vista defendia a importância dada ao contexto para que um simples objeto de caráter utilitário fosse considerado uma peça de grande valor e semiótica.
     A ideia supérflua de arte, presente no imaginário de uma parcela significativa da população, está associada unicamente com a pintura e com a escultura. Observa-se deste modo, que há uma indiferença quanto ao fazer artístico, pois a arte é livre, é um organismo vivo e dinâmico, independente, e não necessita de uma tela e uma tinta para se manifestar. A música, a dança, o teatro, o cinema e a literatura são meios de expressão intimamente ligados a ela, a publicidade cotidiana pode estar impregnada pela arte, um simples pensamento ou uma poesia lida no jornal são o suficiente para despertar o lado artístico. Crescer, aprender, amadurecer, conviver e aceitar que arte não é apenas relíquia pictórica, é fundamental para que ampliemos nossos horizontes. Arte é sinônimo de cultura, subjetividade, olhar diferenciado e partilha do sensível.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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