Quando no momento mais sincero,
num entrelaçamento de amores
- divino e humano -
nossos corpos
despidos dos mantos dourados,
de tão amorosos
se fundirem num só,
põe teu ouvido na minha boca
para escutar calado o que me dá poesia.
O beijo,
nascendo assim,
em silenciosas vozes e na vertical,
para que aí se faça ouvir uma polifonia,
como que antecipando o canto do céu
- sussurros de lento canto -
o doce gozo do mel.
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