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CÁRCERES MENTAIS
DIRCEU DETROZ

O meu interesse em ler “Prisioneiros da Mente” de Augusto Cury, não foi porque é o autor mais lido no Brasil nas últimas duas décadas. Nem por ser publicado em mais de 70 países. O enredo do livro me fascina. Já escrevi algumas crônicas sobre os anjinhos e diabinhos que habitam em nossas mentes.

Depois de ser pobre, sofrer bullying e falir várias vezes, o judeu Theo Fester transformou-se num magnata do “Vale do Silício”. Quando uma oportunidade de ganhar dinheiro aparece, Theo não se importa em passar por cima das pessoas para conquistá-la. Criou seus três filhos a sua imagem e semelhança.

O pai educou os filhos para serem bem-sucedidos e ganharem muito dinheiro, mas... Peterson é banqueiro, sofre de alodoxafobia e tem uma necessidade doentia pelo poder. Brenda que dirige uma rede de 700 lojas tem bulimia, sofre de aracnofobia e adora bajulação digital. Calebe comanda empresas do ramo emergente das Startups, apesar de se julgar o deus do Vale do Silício, usa cocaína e é hipocondríaco.

Um dia, antes de palestrar para centenas de empresários ávidos por aprenderem a ganhar dinheiro, Theo está assistindo um vídeo do psiquiatra Marco Polo. Ele fala sobre os cárceres mentais dos seres humanos, e a ficha do magnata começa a cair. Sua família faliu. Apesar das gordas contas bancárias, emocionalmente todos são mendigos. E tem algo ainda pior. Theo descobre ter no máximo três meses de vida. Está com câncer.

Então o pai resolve reunir os filhos para um fim de semana. Nessa reunião todos os horrores que se escondem nas mentes de Peterson, Brenda e Calebe vão se revelando. Ao saberem que perderão os milhões da herança, planejam assassinar o pai doente. Enxergam no plano um “ato de humanidade”. O pai deixará de sofrer.

Pegos em flagrante, para não irem presos aceitam o teste de estresse proposto pelo pai. Sem dinheiro e apenas com a roupa do corpo, Brenda passa trinta dias ajudando os refugiados num porto da Itália. Deixa-se ser estuprada para conseguir alimentos e matar a fome de algumas crianças.

O destino de Peterson é a Caxemira. Região disputada por Índia e Paquistão. Lá o banqueiro ajuda pessoas com câncer em estado terminal. Calebe permanece nos Estados Unidos. Durante trinta dias o deus colecionador de relógios convive com os sem-teto.

Na volta, numa espécie de “juízo final filmado” Theo julga os filhos. Apenas dois são aprovados no teste de estresse. O reprovado que tem ainda outros cárceres mentais para revelar ganha nova chance. Um teste de estresse numa favela do Rio de janeiro.

Não creio que no futuro nossos cárceres mentais terão cura. Estaremos sempre presos neles. Já o “Invictus” acreditem, ele será real em pouco tempo. Se já não for.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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