Santíssimo Pai de extremada abundância,
Enveredo sisudo pelo pórtico do óbito: só!
Calor intenso, racha-se a pele perante o pó
E a última dose de vinho refresca a ignorância!
Oh! Se alguém escuta do pranto abandonado
A angústia que corrói os sintomas do medo
Que a catacumba esconde, talvez pelo degredo
De um espectro que foi injustamente imolado,
Pode notar a macumba que se infiltra no tédio
Que é o respirar da solidão ingrata do cemitério
E gritar em altos brados por socorro e liberdade!
Positivamente diante do átrio não há comiseração,
Na vida que se enterra já não pulsam tom e coração
E, do tudo o que se deixa, fecunda-se a fertilidade!
DE Ivan de Oliveira Melo
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |