(Que calçam um no outro)
Tentam evitar peito contra
Peito, num abraço de urso,
Que o ar escape
(É a centésima-oitava vez hoje).
É a centésima-oitava tropa de ataque.
Mas não atacam nada,
Brigam apenas
Entre si
{N vezes}
Perdidos seus valores morais,
Bem no alvo e
Breno Alves quer se arrepender,
Só por hoje,
Da formalidade hermética
E sua cega confiança
No tom formal (como
Se possível um tom formal)
E embrenhar-se
Familiar, na palma da mão
Sozinha
E uma vez solto à noite remota,
Faz sentido ser uma pessoa
Caprichosa (por pouco dia tão longo) e, mesmo
Líquido, um consórcio de dor,
Distrair o amigo
— Espião contra outro — o engana
Com sorrisos, punhais...
Requer competência
A traição: mais arte, ou ciência, e, em certo
Grau, mais vida que honra.
Certeiros pelas dúzias de tiros que acertam
Um no outro,
Mortos e a seguir feito
Pedras frias procurando palavras,
Estão à mesa,
Sempre os mais calmos entre os dois, nunca
Saberemos qual morre antes do outro: é
Como as tesouras — fecham,
Trabalham juntos
Uma vez mais, distintos,
Fidalgas finas máscaras,
Fazem as pazes
Com sorriso hermético e nenhum outro ente
Mesmo poderia supor que não fora nada,
Se amanhã vão notá-los mais sujos,
Mais imundos por dentro e mesmo mais finos
Indo ao politburo
Trair o amigo —
Dessa vez — só — por medo.
Parceiros pelas bolas de ferro que arrastam,
Kamenev, amigo de Leon, diz agora,
Que... Zinoviev levou Vladmir ao cofre,
E, amanhã, vão notá-los mais ricos
(Que na véspera) ...
E, hoje, mesmo os mais loucos
Vão pouco a pouco sendo enforcados
Pelos
Dias de caos que amigos
Prenderam pelos pés.
Camarada
Pavlov
Convenceu mais dois cães que não ter calma é coisa
Fácil para eles, morder quem abrir a porta,
Confundir cada dor e só isso
Deveriam fazer valer bem de acordo
Com que algum ser humano um dia traga
Mais e mais a resposta;
Parceiros pelos ferros em brasa em que sentam,
Wang Hongwen, amigo de Zhou Enlai, diz agora,
Que... Zhang Chunqiao levou Yao Wenyua à cela
E, amanhã, vão notá-los mais tortos
(Que na véspera) ...
E, hoje, mesmo os mais velhos
Vão pouco a pouco sendo roídos
Pelos
Dentes do cão, que outrora
Lambia a mão que o espanca até hoje e consegue
Seu almoço
À mesma proporção desde aquela
Época.
E completa a cegueira e conquista o mundo
Através disto e,
Só porque dorme,
Já então se transforma em carne moída
Para o almoço e é outra rodada, o ciclo
Outra vez dado aos seres.
Parceiros pelos clãs de leões assassinos,
Têm às suas ordens, hachichins cor de sangue,
Há o que carrega com eles depois de morta
Multidão, seja sempre bom nisso;
Olhos maus, o terceiro membro que veio
Juntar-se à seita com doces olhos parvos:
Superman, Bruce Wayne,
Amigos, dois heróis, talvez os personagens
Igualmente habitem o Leblon, não mais Gotham
City, nem Metrópoles.
Cem uniformes tanto
Quanto não mais tão úteis, dois lixos
Pelo bairro dos bichos, homem sem braço,
Homem sem rego, mãos de ferro e o pelego,
Vem e vão, vão e voltam,
Playboys não mais ocultos a cada momento
Pelo mundo afora e infeliz, louco e muito
Drástico, o abraço de urso conquista os homens,
Mas não é muito bom, por fim, dar-se
Convencido do touro como destino,
Conspiração da pólvora, crua ânsia,
Quem perdeu sua crença.
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