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Cálice do teu Porto
Carlos Correa

E a vida foi revelando de mansinho
Na canção que canto bem devagarinho
Quem sou neste caminho...


O vai e vem do auge à reverência
Correntes do destino a guiar minha eloquência
Temporal e calmaria inter calando sem garantia
A teimosia em me levar sempre de volta ao litoral

Sou virgem
Como é virgem a ansiedade do primeiro gozo
Zeloso em teu cuidar
Poeira a se espalhar

Sou mais morcego que andorinha
Livre na noite escravo do dia
Sou deboche sou ironia
A poesia a deleitar teu bosque

Da tua moldura sou a tela
Me arranco da aquarela a tentar fazer-te vida mais bela
Sou criança madura
Música sem partitura

Decerto a outra metade
Do que não faço a mínima ideia
Plateia de meu próprio canto
Sinceridade ao cair do pranto

No meu sangue corre Galo e Sabiá
Percorri por todo o araçá
Cálice do teu Porto
Cais onde atraca esse corpo

A intensidade do fado
Que ao lado do carnaval
Incendeia o anseio
De fazer o Tango sorrir

Sou o que não tem descanso
O tímido sem vergonha que pousa a cabeça na fronha
Sonha na esperança do hexágono favo da família
Onde tu és a rainha

A voz do orvalho na infinita rapsódia
Doçura de minha loucura
A custódia de meu coração
Perpétua em tuas mãos

Esse poema poderia ser o último
Mas creio que virá inspiração e ele ficará pra semana
E a vida é isso de onde tudo emana
Vou dormir que já é cedo o vinho que bebo esvaziou

Ao final do que canto continuei sem entender quem eu sou.

Carlos Correa

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