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Que maior segredo um homem poderia guardar em seu peito
senão o que lhe desfalece e o lança no mar imperfeito da paixão,
este sentimento que atravessa galáxias de mundos sem defeitos,
recolhe vestígios de deuses outrora felizes, de um Olimpo desfeito,
tudo em seu coração?
Quando o revela à aparentemente desinteressada humanidade,
recolhe esta os despojos da solidão e os lança à fúria do mar;
como duas mãos afastadas que tocam a face da eternidade
o tempo se desfaz das horas perdidas e se põe a soar...
Renasce o sol na manhã, o mais vivo jamais visto por alguém,
no campo bali a ovelha e o verde se coroa em dourada cor;
procura outro peito para se aninhar, em quem procura um bem,
sem nome, a caminhar pela pradaria, sem cansaço, o amor...
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