Amor,
onde andas
que não acende a chama
de minha vela apagada?
Amor,
por quê me sinto esvaziado
como um balão
ao lado da estrada?
Amor,
rir ou chorar,
sentir a chuva cair
ou a lágrima do mar?
Amor,
repito e de novo amo
ou saio à janela
e pela solidão chamo?
Amor,
se tão bom é ao coração
por quê o sinto mudo
sem murmurar uma canção?
Amor,
escrevo e apago a poesia
ou a deixo ir
pela noite vazia?
Amor,
tantas perguntas,
será que gostas
ou o teu silêncio
é a evidente resposta?
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