Não conheci uma menina marrenta,
que amarrava piercing's às suas ventas,
nem a vi por aí, passeando seu cosmo,
rindo dos ateus, dos loucos, dos mórmons...
Soube que existia
porque sua risada gelada em noite fria
chegava até mim entrando pela chaminé,
que usava gorro e, pelo que sei, andava a pé,
não tinha passado a passar a limpo,
nem usava qualquer brinco...
Dizem que escreve poesia
sem pé e nem cabeça,
que prefere o domingo
em vez das terças...
Mais ainda,
vi seu retrato sem foto,
era linda, a menina;
se me der um beijo,
eu topo...
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