Branquinhos,
Todos grandes
Demais,
Tornam-se menos visíveis
Entre os dedos
Ligeiros,
Simples sorte,
Rapaz,
Movem os olhos,
Mais lentos, quem os possa
Saber, que quase sempre
Abertos,
Fingem falsos
Sabidos,
Nem percebem
Carteiras entre os dedos,
Certeiras mãos no vento
Fechadas, como corpos
Sem luz: estão dormindo,
Estão sorrindo!
Novos
De fato,
Se prolongam
Na estranha ordem fora
Do jogo e hoje em dia
Conseguem ser um muro
Em volta entre sombras,
Soberba ponte, antes
De tudo, valha a pena:
Relógios entre os dedos
Cruzados,
Velha a vida,
Percebem mesmo o tempo
E mesma a dura vida... o
Que sempre foi a sua
Vontade.
Sombras feitas
De amor e uns abraços,
Que os não contaram mesmo
Supor perdidos pela
Fortuna; não são duas
Moedas;
São problemas
Apenas seus,
Nem se movem
Mais peças;
Findo o jogo
Corrido, há, de certo,
Divina musa,
Profana puta,
Feita
De nomes vãos.
Nem tenha
Costume ou quase
Novos
Percalços, nem anseios
Esquivos valem pelas
Pessoas,
Que não creem
Que duas mãos apenas,
As suas duas mãos
Contenham traços soltos,
Contenham pistas,
Jovem
Senhor Golpista;
Apenas
As suas duas mãos
No vento são as mesmas
E o mundo muda nesse
Momento e tem ensejo
Algum sentido, para
Que sigam um dos braços
(E os outros ponham à boca),
A mão restante,
A mão
Aberta,
Uma escolha
Incauta, ou hora incerta:
Olhar, olhar, olhar,
Dinheiros entre os dedos,
De lado venha a vida,
Amigo Sergio,
Como
Fazer;
Chacoalha bem
Os dedos,
Para crer
E crerem (só um pouquinho) ...
Que os truques não percebem:
Cegos absolutamente.
|