Se um pouco de autista, artista ou altruísta, turista ou muito sábio
(O que nem por isso, quer dizer, pouco), todos têm.
Um pouco de Alice no país de dentro do espelho
E nesse caso, pergunte a Alice,
A ela mesma, se ela sabe,
Quem foi que disse
Que aqueles que nos seguem
São os que se cegam, enquanto nos cercam ajuntando em celeiros um pouco da velha natureza,
E dez polegadas de estrelas.
E do quanto
Constante se abate
A última viagem
Daqueles que seguem à nossa frente enquanto nos seguem,
Vão à nossa retaguarda, de costas olhando no espelho.
A própria ilusão de si mesmos,
É o despertar que se lhes revela:
Afastam-se dos que perseguem quanto mais os perseguem,
A realidade é líquida... E a realidade
É dúvida a qual se obedece com toda a certeza.
Pois o dia de concretizar o que se sonhou chega. E o sonho se desfaz.
E esse mundo
A seu modo, imenso,
Teima em surgir por entre
As melhores lembranças.
O mundo, que é uma armadura rígida:
Com caminhos quando
O sabor daquilo
Que não é prático
Sempre
Se
Revela inútil,
Dentro de um livro seboso e sem capa
Um pouco de Alice em um país de paisagens etéreas
E nesse caso, pergunte a Alice,
A ela mesma, se ela sabe,
Por que ao passado cabe
Encher-nos de mundo
Sem razão, por dentro,
Se quando o que há lá fora é apenas outro mundo que não nos pertence,
Por saber do mundo certamente
Uma pequena farsa: ou já anoiteceu ou já amanheceu
Para quem nem esperava por isso.
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