De um anjo.
Mas que coisas
Uma vida nos revela...
Companhia
É o ovo
Por completo,
O inimigo
De excelente qualidade:
A certeza de abrir
A meada com os olhos
Aos ouvidos generosos,
Com carinho, devoção.
Companhia é o nascer
Do ovo
Coração acidental
Com a sua inquietação.
Coração que está só,
Porque ama o amor
E fazendo sugestões,
Tristonho, devolveu,
Esperando em companhia,
Um ovo
No silêncio do seu quarto.
O deserto da minha alma
Faz o parto da galinha e o meu ovo esquerdo
(Ao contrário do direito),
Difere daquele do meio,
Esforçando-se em perigos,
Escolhido exatamente
Na ferrugem de uma estrela
Por instantes;
Sobretudo, sobre os renovos,
Que os pequenos coelhinhos, reportando-se
Às megeras serpentinhas
No silêncio, se animam e se perfilam
Para a morte
Em companhia.
E em meu novo continente,
Fundamento
De um homem que se atrapalha
Com seus ovos,
Há solidão não só no seu um só seu — um só sólido sol que lhe dão,
Mas, também, na decoração do coração
Há uma não razão
Que decora com suspiros (repararam a sutileza do trocadilho?).
Coração é uma rodela de arame no nariz de uma ovelha velha e pouco importa o que isso significa, mas contorceu-se vasquejante ao puxarem-na.
Através de bons olhos, o meu ovo furado e cheio de metas com que chacoalho a lua oval;
Que quero dizer a todo instante, mas só consigo,
Irrestrito,
(Se) alcanço
O esquecimento e a companhia dos burros
E estes
Sirvam-me (ou sorvam-se) de um desencantamento, que em silêncio oposto deposito
Em meu pra (n) to.
Já vem de novo meu povo voltando, externando-me as devolutas
Promessas que não me servem
(De companhia)! Ah, companhia...
Ê!...
Meu crânio estrelado nas trevas!
Companhia mesmo é a companhia de um polvo barbado agarrado à metade do meu sacro saco amoroso, sorrio pavoroso!
Fundiam-se lhes valoroso,
Doloroso
Contingente turbulento,
Ao alcance das notícias
Irritadas mais sem intento
E que, humilhados
Falam-me em nome de mais ovos aos pés do povo e
Que consolado o Pausilipo,
Tal povo
Retorna e me pede mais um novo Acordo Internacional do Novo Ovo e, depois, uma pausa
Para se limpar
Da fumaça,
Das paredes,
Das estrelas
E do quanto
Que...
Os anjos, infelizes nas paredes,
Justificam as estrelas,
Oh, não: essa energia no ovo
É que é a força do povo!
+ + + +
Paris...
E ali a praça é de um povo de polvilho,
Neste dia de queda da bostilha,
Que nasce de uma mãe de ovos.
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