O fim, sobranceiro e inexorável, acompanha-nos
O farfalhar das exuberantes asas celestiais
E o tagarelar dos cupidos imberbes, não me deixam mentir: não há mais tempo
Senhor de andar claudicante e resoluto
Que é algoz de sonhos juvenis
E objeto de rogos destemperados, inúteis e, por vezes, vis
Não perdoa, não tolera e não descansa
O fim, banquete pútrido de aroma nauseante
É a certeza que nos faz dobrar
Num pleito pueril e agonizante
Pelo tempo, que, surdo, passa.
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