¨Tomara mesmo tudo acabe...
Toda boca se cale,
Tudo de inconsistente por fim desabe.
Decerto ao final, quem o sabe,
Envolto na mortalha que cabe,
Despido da vaidade que o talhe,
Renasça melhor no entalhe.
Que não mais seja o dinheiro que o valhe,
Mas o caráter que se lhe fale,
Independente do discurso que se propague.
Que seja somente audível ao espírito e não à face,
Mostre-se puro, sem disfarce
Sem amarras e nó que o ate,
Para que assim, sem qualquer resquício de vil vaidade,
Possa apenas ser o amor que o mate,
E não o desgosto da decepção que o destrói porque sem piedade o parte.¨
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