Faça de conta
que a gente nunca se apronta
para a festa do amor,
a gravata fora de lugar,
teu sapato a escorregar,
a carruagem que não chega,
bebi só um gole de cerveja,
para o amor a gente nunca está pronto,
é igual a governo, sempre há um rombo,
o coração se apruma mas avoa errado,
cai, de vez em quando, nos braços do pecado,
simula colisão com outra paixão,
para o amor a gente nunca terminou a poesia,
há sempre uma outra alegria
escondida no fundo falso do coração,
para o amor a gente não passa de amadores da ilusão...
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