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Um pouco de nós
Mariana Messebê

Resumo:
Uma breve apresentação de mim e de minha consciência.

23:14.O que eu escuto?tu...tu...tu...major live...hallelujah...hallelujah...hallelujah...your faith is strong but you need a proof...e a minha mente barulhenta, por onde passam diariamente um bilhão de pensamentos...O que eu sinto?Carência, carência de um amor maior, grande, dominador, daqueles que sufocam e não deixam vazio...há algum tempo eu sinto isso, não sempre, mas às vezes sou dominada por isso... O que eu desejo?Ardor, iluminação...Cada dia que passa me sinto mais longe do que eu queria me tornar e mais perto da vontade de ser o que eu era.Conscientemente eu sei que a vida é um rio, cada momento tem seu lugar, seu espaço, e que eu deveria não me apegar às margens...Deveria correr junto com ele, mas isso é o que eu sei, mas não vivo isso na realidade.O que eu vivo?Ansiedade, ego, expectativa, ego, carência, ego...Basicamente sou ego, vejo o ego por trás de quase tudo que eu faço, poucas vezes não o encontro em mim, o que eu não sei é se isso me faz igual ou pior que o restante da humanidade...Não sei mesmo...Gostaria de saber como funciona o sistema de pensamento das pessoas, se elas são egóicas como eu, se disfarçam bem ou eu que sou pior que a maioria delas.A verdade é que há alguns anos atrás entrou aqui na Terra esse ser que vos fala, minhas primeiras memórias remontam para uma já observação da humanidade, enxergava mais do que podia ver, me enquadrava num ângulo de fora, de onde eu enxergava mais do que o meu interlocutor, enxergava a cena inteira, inclusive a mim mesma.4 anos, já era assim?Aí já não me lembro...O que eu me lembro é a partir dos cinco.Já havia conjecturas sendo formadas em meu ser, talvez eu deva isso em grande parte a meu pai, q influenciou fortemente esse lado em mim, mas acredito que isso é inato meu também, desde sempre fui assim, olhava diferente pra tudo, via por uma perspectiva diferenciada, o que não me fez ser diferente dos outros que possuíam a mesma idade.Desde sempre, ou quase sempre, fui duas, ela e essa que está escrevendo agora, está que está escrevendo agora também é ela, porque é limitada por ela, há um filtro que ela coloca em tudo o que eu escrevo, ela reprime algumas verdades porque julga que o que eu deveria escrever de verdade é inadequado com o que ela deveria ser, ela me limita mil vezes durante o dia, ela não me deixa aparecer sempre, mas quando eu apareço, eu sou dura com ela, porque acho que ela deveria ser melhor do que ela é, acho ela inábil, e que sua atuação não condiz com o que nós somos de verdade, mas tenho compaixão também, ela é limitada como os colegas de jornada.Mas vamos lá, o que eu quero com esse texto?Companhia, não quero ficar só de onde eu vejo, de onde eu vejo às vezes é solitário e dói e eu não sou tão mais evoluída que ela, talvez só um pouquinho mais, o que já é suficiente pra eu julgá-la e condená-la diariamente, o que já demonstra que eu não sou ta evoluída assim, acho que eu sou mais pretensiosa do que evoluída, mas retomando, o que eu quero hoje aqui é companhia, puxa uma cadeira, senta aqui comigo, sente aqui comigo, me traz a sensação que esse lugar não é só meu, é nosso, que eu não to perdida, só distante do que eu posso ser, me dá um desconto to em processo, pronta mesmo só vou ficar depois de muita remontagem, renovação da base, desconstrução desse ego, ou adaptação...Não sei, mas ajuda saber que há algo que me chama pro maior, tenho dúvidas, o que mais tenho tido são elas, questões não param de passar pela minha cabeça, sinto que preciso organizar, colocar ordem na bagunça da minha existência, se é que sou capaz de fazer tamanha jornada,acho que sou.Mesmo dentro do caos eu saberia me organizar, confio nisso, confio nelas, acho que sou capaz de segurar a onda dessa personalidade de visão distorcida e prepotente.Escrevendo agora me veio a cabeça algo que li num livro, não é preciso esforço para conhecer basta ver...Acredito nisso, tudo já está aqui, eu só preciso ver.SÓ VER...Solver...

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