Este poema não é meu...
Roubei de quem passava, apressado,
a pensar em problemas, bolsos rasgados,
apanhei cada verso que ao chão caía,
cada som que encharcava a alma da poesia,
recolhi pedaços de sentimentos,
por fora eu ria,
chorava por dentro,
queria tanto ter escrito este versos
que apanhei, de quem passava,
em seus sonhos imerso...
Se alguém reclamar
que uma parte sua se perdeu,
um jeito eu dava
de devolver o que não é meu,
esta poesia que apanhei na rua,
que não é minha, (poderia ser),
mas é verdadeiramente sua...
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