Gema, coração,
quando chega o frio da partida,
avança sobre os ossos da ferida,
enregela a pele
até que se revele
a dor escondida
a chorar pelo amor
que lhe sumiu da vida...
Sofra, coração,
mesmo que sejam tempos cibernéticos,
a dor seja um conceito estético
permitido pelos puristas
que enxugam as vistas
com lenços de seda...
Anda, coração,
aprende que o amor é de borracha,
se parte, se rompe, se acaba
no estica e puxa,
só o frio da ducha
para esfriar as emoções
que correm, doidivanas,
nos corações...
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