“para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros.”
A comunhão cristã consiste em que todos os bens espirituais de Cristo e de seus santos são compartilhados e comunicados a quem recebe a santa ceia; por outro lado, todos os sofrimentos e pecados também passam a ser comuns, de modo que o amor é aceso por amor, levando à união.
E para ficar na tosca comparação sensitiva: é como, numa cidade, cada cidadão passa a participar do nome, da honra, da liberdade, dos negócios, dos costumes, das tradições, do auxílio, da assistência, ele participa de todos os perigos, incêndios, inundações, inimigos, da mortandade, dos prejuízos, das taxas e impostos e de coisas semelhantes.
Pois quem quer desfrutar também precisa contribuir e pagar amor com amor. Aqui se vê quem causa algum mal a um cidadão, causa mal à cidade e a todos os cidadãos; quem faz bem a um cidadão merece o favor e gratidão de todos os outros.
O mesmo vale para o corpo físico, conforme diz o apóstolo Paulo em I Cor 12.25s., ao explicar este sacramento em sentido espiritual: “Cuidem os membros uns dos outros. Se um membro sofre, todos sofrem com ele; se um deles passa bem, os outros se regozijam com ele.”
|