Amor que espero, sutil desespero, conto o tempo, escorro no vão do bueiro, o vapor que sai de dentro, frio da noite, alento, e o casaco de veludo, comprimindo o avanço, por pedras encharcadas, garoa de explosões, o mar, derriba seus trovões, relâmpagos e raios, tudo isto num segundo, contando o tempo, ando rápido.
Passos ecoam, ecos que correm, olhos que respiram, convicto encontro, sei quem se aproxima, apesar de não ter visto, sob a luz olha pra mim, mais ninguém existe, uma leve chuva cai, enquanto avanço, num flerte sem fim, você sorri, brilhando assim, da noite uma estrela, neblina que sobe do mar, dona de mim.
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