Toda manhã, antes dos primeiros raios de luz.
Quando abro minha porta,
Sinto a brisa bater levemente em meu rosto,
E sussurrar em meus ouvidos,
Ouço o bater de asas das borboletas,
Escuto a canção melodiosa dos pássaros que cantam com fervor,
Sinto as folhas secas outonais se quebrando aos meus pés enquanto caminho,
Eu sinto,
Eu sinto a vida ao meu redor,
Clamando para que olhos atenciosos se deliciem com sua graciosidade,
Eu sinto tudo o que meus olhos não puderam ver enquanto eram validos,
Descobri que era cego muito antes de me tornar um,
Hoje,
Agradeço a perca da visão,
Pois eu finalmente estou vendo o mundo
Com todas as suas formas.
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