Mesmo mudando a pele a mão funesta
Indica o próximo alvo mais além.
Matar para ele traz danosa festa,
No triste engodo diz fazer o bem.
Ódio cruel domina o mar, floresta,
Invade terras pois o fogo tem.
Depois do sangue, a paz ainda incerta
O riso negro estampa com desdém.
Na condição de Rei sustenta a guerra
E ergue bandeira estranha de outra cores
Para mostrar, feroz, o braço forte.
Cuide também, Senhor, de sua terra,
Pois um Setembro Novo traz as dores
A quem lidando vive com a morte.
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