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AS AVENTURAS DO ELFO AERON - PARTE 2
AS CRONICAS DE ASGARION
J.V. Tolkien

Resumo:
Conto de Fantasia medieval. Acompanhemos neste conto a segunda parte da saga de Aeron.

Logo após a guerra contra os orcs que culminou com a derrota dos elfos, muito destes passaram a viver na floresta, enquanto outros relutantes tentavam reconstruir a cidade de Valhens e enfrentar seus perigos. Os elfos que passaram a viver na floresta, com o passar dos anos, já eram muitos, formaram um vilarejo secreto, como sabemos e passaram a chama-lo de " Haryolyes" que em éfico quer dizer "Lar Comum". Ali constituíram de fato um vilarejo que a muito tempo não sofria com o pesar dos perigos exteriores. Mas sim, os elfos desejavam voltar para Valhens, mas primeiro precisavam conquistar a segurança e confiança que outrora perderam. A neve ainda caia, e o som de flautas bem suave e canção dos elfos era bela. Por todos os lugares, podia se ouvir a bela melodia dos elfos,e sua canção matinal; "Bom dia amigo sol"; era a canção mais comum de se ouvir, muito embora o sol era tímido naquela manha, e seus raios pouco atravessavam as camadas densas da neve que caiam. Mas aquilo encheu o coração de Aeron de alegria, uma paz interior que o motivou a partir com mais segurança para a sua missão. Passando pela casa de trabalho de Evellon um sujeito estranho, observava os passos leves do jovem elfo. O individuo não era um elfo, era muito maior, porem esguio, e trajava vestes sujas de uma longa jornada. Entretanto Legolas passou por ele sem perceber.
Já se aproximava dos estábulos o jovem elfo, onde começaria sua aventura. Um cheiro de estrume e pelo de animal molhado, impregnavam o local, e lá no ultimo curral se encontrava um elfo, trocando as ferraduras de um cavalo. Ele vestia um justilho de couro simples e sem brilho. Talvez ele fosse o senhor Lens.

   - Olá! Você é o senhor Lens? - Perguntava o elfo.
   
   O elfo precisou perguntar mais algumas vezes para que o senhor Lens pudesse escutar, já que ele estava um pouco longe. Mas por fim, mostrando-se amigável, o "senhor dos estábulos", como costumavam chama-lo virou-se para atender o jovem elfo. Lens estava com o rosto suado, pois desde cedo estava trabalhando e cuidando de seus cavalos. Mas apesar de ser um elfo acostumado a força bruta, o senhor dos estábulos era muito simpático.

   - Olá meu jovem - disse depois de dar uma martelada na ferradura traseira de um alazão vermelho escuro - você deve ser o elfo que Evellon me havia dito na noite anterior. Certo?

   - Sim. Ele veio ter comigo esta manhã em minha casa-árvore, me pediu que viesse aqui pegar um cavalo e um machado para trazer uma madeira especial de carvalho da Floresta Alta - O elfo ficou maravilhado com a beleza do alazão vermelho escuro - Seria este alazão que me acompanharia nessa missão? - perguntava o elfo a Lens.

- Ah! Então, eu estava justamente preparando seu cavalo. Conheça Lupin, um dos meus cavalos mais velozes - dizia o elfo enxugando o suor escaldante da fronte - Bom, ele esta aí, falta apenas colocar os arreios. Em poucos instantes ele estará pronto, hehehe.

   - Senhor Lens, por acaso alguém que tenha pegado um cavalo nesse estábulo já atravessou o rio amarelo e viajou para a Floresta Alta?

   - Mas é claro meu jovem - disse Lens, procurando uma toalha para limpar as mãos. Em seguida pegou o equipamento para selar o alazão - Evellon, o carpinteiro, constantemente viaja por aquelas bandas, porem parece que ele esta ficando velho, sabe. Não conta isso para ele. Dizem também que Dirwen, o filho do mercador, sempre caminha por aquelas bandas quando vai a Vila dos Moinhos negociar com os homens de lá.
O elfo alisa a crisa do cavalo, como se quisesse apresentar-se a ele, demonstrar que sentia por ele grande admiração por sua beleza e vigor.

   - Lupin, um belo nome para um belíssimo cavalo... Seremos grandes amigos, tenho mais alguém a lhe mostrar Lupin, ele estará conosco em nossa missão. O elfo assobiou chamando o Lobo que aguardava fora do estábulo - Wolfgang conheça Lupin e o Senhor Lens...

   No momento em que o cavalo viu o lobo se aproximar, ficou tão assustado que quase arrancou a mão do elfo que estava sobre sua crista...

   - Cuidado, meu jovem! - gritou Lens - cavalos se assustam com lobos ou criaturas ferozes!

   - Oh-oh, calma Lupin, ele é um amigo como eu disse... - O elfo tentava conter o alazão - WolfGang, vai pra fora! O Lupin ainda terá algum tempo a acostumar-se em sua companhia... - Ajude-me Lens, você o conhece há mais tempo... - suplicava o elfo, enquanto as suas mãos subiam e desciam rapidamente no ar segurando as rédeas do cavalo ao tentar contê-lo.

   Pegando nas rédeas do cavalo com suavidade, Lens tentava acalmar o cavalo. Lupin era um jovem alazão e uma vez ou outra estava sujeito a esses tipos de ataques. Então, pouco a pouco o cavalo foi se acalmando até voltar a seu estado normal de tranquilidade. Lens conhecia muito bem seus animais.

   - Tenha muito cuidado com este seu lobo - disse o senhor dos estábulos - já muito bons cavaleiros caírem do cavalo por causa de animais pequenos. Imagine um lobo, hein?!

   -Sim. Eu tomarei cuidado - O elfo coçava a cabeça - Poderia ter sido bem pior... O Lupin já está pronto pra viagem? - Ainda questionador digno de um elfo - Você sabe me dizer se Dirwen, o filho do mercador, está aqui em Haryolyes?

   - Não tenho muita certeza, mas você poderá conferir pessoalmente. Ele mora depois da "colina solitária", com certeza você já deve ter passado por lá. Normalmente os jovens vão até para namorar... Mas tenho certeza que ele gostara de lhe ajudar, se por acaso Dirwen, estiver para viajar.

   - Muito obrigado, caro Lens. Sim, sei bem onde é o lugar... - O elfo lembrara do dia em que passou despercebido pelo lugar e viu a elfa que gostava namorando com outro elfo, apesar da raiva sentida no momento, mas nada fez - Irei ter com ele, até mais caro Lens!

   - Antes de retirar o alazão do estábulo, o elfo alisou o pelo do lobo coberto de tanta 'chuva branca' que esperava do lado de fora do estábulo- WolfGang, terá que ficar alerta à nossa frente nessa viagem, o Lupin ainda não se acostumou à sua presença, será uma questão de tempo, garanto... - O elfo volta determinado a partir para o estábulo, pegando o alazão- Ah, quase me esquecia, e quanto ao machado, Senhor Lens?

   - Assim, é mesmo. Um minuto meu jovem - o senhor dos estábulos sumira para dentro de uma pequena casa de telhado de folhas verdes e grossas, enquanto o jovem elfo ficava a escutar a linda melodia dos elfos. Porem agora a melodia alcançara uma nota mais triste e mais profunda. Legolas conhecia aquela musica: “Ainda voltaremos, Valhens, jamais te esquecemos..." - aqui esta seu machado - disse Lens ao voltar.

   - Valhens, me faz lembrar coisas tristes... Não! - O elfo grita, tentando lutar contra lembranças terríveis que assolam os seus pensamentos. Tomando o machado das mãos do Senhor Lens, ainda um pouco atordoado - Desculpe-me Lens, terei que partir... - Pendura o machado em suas costas, e logo após monta no cavalo rapidamente, como se lhe fosse familiar. Com seu calcanhar ordena ao cavalo sair dali, o quanto antes, pois sua intenção era fugir da música e partir para o seu destino, a Colina Solitária.

   Pela estrada até a colina solitaria, margeava uma fina camada de neve e o jovem elfo escutava cada vez mais distante a melodia que tanto lhe trouxe pesar. Entretanto, parece que não teve tanta afinidade com Lupin, quer seja pela presença do lobo, quer seja pela sua falta de experiência para montar aquele cavalo. Ele parecia extremamente difícil. Por varias vezes precisou parar o animal que relutava em seguir a jornada. De fato o animal parece não ter ido lá com a cara de Aeron. Mas que animal difícil. Inexplicavelmente o animal adquiriu uma velocidade impressionante e por pouco não jogou o elfo para fora de sua sela!

   Depois de muito esforço e levado o triplo do tempo para chegar à colina solitária, enfim Aeron alcança o local. Colina solitária é um lugar um pouco afastado dos acampamentos e casas-arvores dos elfos, e poucos vivem por lá. Depois de ganhar o topo da colina Legolas podia avistar uma pequena casa com fumaça saindo pela chaminé. Era a casa do mercador elfo, um dos mais ilustres do povoado.

   - Ufa! Até que enfim chegamos. Vamos Lupin, falta pouco! - O elfo enxuga o rosto suado, afastando os longos cabelos loiros que devido à velocidade lhe cobria um pouco a face. Diminuindo a velocidade, fazia o cavalo marchar enquanto dirigia-se à frente da casa.

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Publicações de número 1 até 2 de um total de 2.


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