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Enigma
Tayla

Resumo:
Nem sempre é fácil distinguir sonhos de realidade.

Enigma
Estou subindo umas escadas estranhas que me levam até um corredor escuro.
Ouço um choro, é uma criança, me parece que acaba de nascer. Vou em direção ao choro e agora me encontro dentro de um quarto. O ambiente está iluminado apenas por uma pequena lâmpada comportada por um abajur que foi colocado em uma prateleira perto da porta.
Ao lado da cama em uma poltrona azul está meu esposo sentado. Ele está aos prantos e em seu colo segura uma criança recém-nascida. A criança está suja de sangue, assim como meu esposo e a poltrona.
Na cama, em meio a possas de sangue uma moça está deitada. Sua pele encontra-se incrivelmente pálida, ela está sem vida, concluí.
Seus olhos são castanhos, estão abertos com as pupilas dilatadas e seus cabelos são curtos e loiros. Os olhos da criança também da cor castanha e sua pele bem clara.
Mas eu não entendo o que está acontecendo. Chamo meu esposo porém não estou obtendo resposta. Ele simplesmente está ignorando a minha presença aqui, não posso acreditar!
Sinto agora uma força estranha me puxando para algum lugar. Movida por esta força, saio correndo do quarto e desço as escadas rapidamente e me assusto com algo. Espere, estou deitada em minha cama. Foi um sonho ou melhor, pesadelo.
Tomo um calmante e logo adormeço.
Na manhã seguinte acordo no mesmo horário de sempre e preparo um delicioso café para meu marido, pois ele logo chega do trabalho.
Ouço batidas na porta. É o meu esposo. Ao chegar, ele sempre me dá um delicado beijo cheio de carinho e paixão. Eu adoro isso.
Logo após tomar seu café, ele costuma dormir. E eu, continuo os meus afazeres domésticos.
A noite chegou, agora estou me arrumando para dormir.
Deito em minha cama e como na noite anterior, vou tentar dormir sem o calmante. Espero que dessa vez eu consiga, pois não quero ter outro pesadelo e precisar tomar esse tipo de remédio que já se tornou um vício.
Estou pegando no sono...
O lugar é uma mata fechada, está chovendo e eu estou correndo, mas não sei para onde. O ar está pesado e um odor fétido toma conta desse local. Olho para o chão, na esperança de encontrar o que está causando esse cheiro que me provoca náuseas.
Encontro um cadáver, mas me parece ser o daquela moça. Começo a gritar, na esperança de que alguém me ouça. Sinto aquela força estranha me puxando novamente, só que agora com mais intensidade.
Estou outra vez em minha cama. Estou ofegante e assustada. Me sentei na cama, peguei dois calmantes que estão na cabeceira e tomei os comprimidos com água que sempre deixo por aqui.
Meu marido acabou acordando também, e ele está dizendo que dei um grito.
Não comento nada com ele, digo apenas que foi um pesadelo e por causa dos remédios logo adormeço.
No dia seguinte, acordo com os pingos de chuva batendo na janela e isso me faz sentir melhor.
     Dormi incrivelmente bem, lógico que isso se deve aos efeitos sedativos do calmante mas tudo bem, isso não importa.
Eu e meu esposo vamos viajar, pois ele conseguiu umas férias, já que andava estressado com algumas coisas da empresa.
Terminamos de colocar as coisas no carro, mas tive que voltar, pois ele esqueceu a carteira com os documentos e me pediu para buscar.
Peguei a carteira e percebi que algo caiu no chão.
Me agachei e peguei o papel do chão com delicadeza.
Trata-se de uma foto 3x4. Ela está dobrada e no verso está escrito o nome de alguém. Está se apagando, mas com muito esforço consegui ler. Me parece ser Katherine ou algo assim.
Abro a foto com cuidado.
Aquela moça com os cabelos curtos, olhos castanhos pálida e sem vida, agora estava ali na minha frente, sorridente, em plena juventude.
Eu não consigo entender o que se passa.
Eu vivi? Eu Sonhei?
Eu preciso de explicações. Chamei o nome de meu marido por diversas vezes mas sem resposta. Minha visão está escurecendo e minhas mãos estão trêmulas, acho que eu...


Biografia:
Tenho 22 anos, formada em Pedagogia e Graduanda em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Gosto de cantar e escrever só quando a inspiração resolve dar as cartas.
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