Apresento-me aqui: fragmentada.
Trago recortes que me foram apresentados pelas minhas cicatrizes incuráveis;
Trago no meu bibliocorpo: histórias, estas que se revelam em romance, ação, terror, tantas outras que só o silêncio do tempo dirá;
Apresento-me aqui diante desse sistema catastrófico que é a vida e sinto… O peso do tic tac do relógio, ouço os ponteiros discutindo entre seus números a validade da minha vida;
Penso comigo, o tempo já fora mais sólido que líquido e hoje bebo desse cálice que é viver.
Apresento-me aqui: reduzida.
Trago nas minhas veias a fracassada poesia, pois não sei viver de acordo com a sagrada metodologia;
Nas correntes de ar, afogo-me, deliro na metafonia: Certo e errado.
Cortisol a toda velocidade e o universo numa entediante melancolia clássica: Com seus planetinhas em órbita, suas estrelinhas brilhando, com seus milhões de átomos funcionando;
E a tragédia desse caos sendo consumido;
A vida é uma tragédia anunciada, desde o primeiro choro e todos os risos…
Chega a ser esquisito as comemorações, se vestir bem...Tudo indo bem.. bem demais para quem está morrendo, para quem vai morrer.
E quando sentir os créditos rolando, ouça sua voz interior dizendo: Bom fim a todos e a taça de fogos lá no céu e quem comemora é a terra!
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