remotas lembranças de uma guerra que persiste |
Nelina Campos |
o que fazer com esse gosto na boca:
deponho aos teus pés
a tarde em frangalhos
finos estilhaços de um amanhecer
depois deito
cama fofa
não estou inteira ainda
e sigo como fugida da guerra
uma guerra que não
começa nem termina
faz tempo
e que gira ao redor
em intermináveis pausas
como se houvesse uma mensagem
a decodificar e uma sigla para entender
avanço
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Biografia: Escrevo porque preciso respirar.
Endereço do blog: floressobreotumulo.wordpress.com |
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