Tem a ver com uma gigante
Estrela central do sistema solar
Que ilumina e aquece generosamente
Toda planta, animal e gente
Não muda de lugar
Também palavra não dá
Para vê-lo
Basta para o horizonte olhar
Causa suspiro e rebuliço
Em quem admira no poente
A magia do sumiço
Da intocável bola quente
Se repete todo dia
Não cansa da brincadeira
Esconde o danado do astro
Por pura teimosia e zombadeira
Pode chamar essa hora
De declínio
Crepúsculo
Ou chegada da noite
Só não diga que é a morte do rei
Porque na manhã seguinte
De novo ele acorda a brilhar no nascente
E no fim do dia, cansado de aprontar, dá adeus novamente.
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