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A CONSCIÊNCIA DO EVANGELHO
Juarez Fragata

Quando se observa com certa minúcia a população de uma nação, percebe-se que a mesma é dotada de níveis diferentes de consciência. O primeiro nível é uma consciência de âmbito nacional. Esta consciência atinge e influencia a todos, tanto na área política, assim como na socioeconômica e cultural. O segundo nível é estadual. A consciência estadual também exerce influência política, socioeconômica, e cultural, sem, contudo, segregar a ação exercida pela consciência nacional. O terceiro nível é regional, ou seja, limita-se a uma região ou cidade, e segue os mesmos moldes da consciência estadual. Estes dois níveis têm liberdade para agir de modo independente, mas vez por outra são obrigados a se colocarem na condição de passivos, para que a ação ativa da consciência nacional alcance todos os âmbitos da nação.
Os núcleos parentais formam o quarto nível.
Esses núcleos são dotados de noções de valores exclusivos passados de pais para filhos, por isso, atravessam as gerações, demonstrando extrema solidez, e eficiência naquilo para o que foram designados.
Gênesis 12/ 1: Certo dia o Senhor Deus disse a Abrão: — Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que eu lhe mostrarei.
Para que Deus pudesse levar Abrão à terra que lhe mostraria, o mesmo teria que abandonar a consciência de seu povo, e a consciência parental, para assim ser dotado de uma nova consciência segundo a vontade de Deus. Esta mesma exigência é feita a nós. Nós temos que nos desapegarmos do nacionalismo, das coisas de nosso estado, e de nossa região, e de muitos valores herdados de nossos consanguíneos para que o Senhor possa implantar em nós uma nova consciência de acordo com o verdadeiro evangelho que podemos chamar de nossa terra prometida.
1 Pedro 1/ 18: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.
É claro que os valores familiares que condizem com o evangelho nós devemos continuar praticando. O verso acima se refere às práticas familiares que não estão em conformidade com os ensinamentos de Cristo. São estas que nós devemos segregar, sem pensar duas vezes.
Gênesis 12/ 2: Os seus descendentes vão formar uma grande nação. Eu o abençoarei, o seu nome será famoso, e você será uma bênção para os outros.
Abrão fez a sua parte e Deus cumprira tudo o que lhe prometera.
Se nós cumprirmos a nossa parte, ou seja, deixarmos de lado todos os conceitos errôneos, incompatíveis com o evangelho de Jesus, a promessa que se cumprira na vida de Abraão nos alcançará.
No que diz respeito a nossa descendência, é bom enfatizar de que é o contingente que conseguirmos gerar por meio da pregação das boas novas.
1 Coríntios 4/ 15: Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo.
O verso deixa bem claro que a nossa descendência vem à existência por meio da pregação do evangelho, e a Bíblia estipula até mesmo o número de nossos descendentes.
Isaías 60/ 21-22: E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado. O menor virá a ser mil, e o mínimo uma nação forte; eu, o Senhor ao seu tempo o farei prontamente.
Se formos dotados de uma nova consciência de acordo com a vontade do Senhor, a promessa que se cumprira na vida de Abraão certamente nos alcançará. Se nosso ministério for pequeno estão nos assegurados mil descendentes gerados em Cristo Jesus, e se estes mil são o menor, esta menor quantidade virá a ser uma grande nação.
Gênesis 12/ 3: Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. E por meio de você eu abençoarei todos os povos do mundo.
A primeira parte do versículo tornara-se um princípio universal. Com certeza vocês já ouviram um destes adágios: Aqui se faz aqui se paga. Quem semeia vento colhe tempestade. Colhe-se aquilo que se planta. Faça o bem sem olhar a quem, ou seja, hoje a humanidade como um todo é influenciada por esta lei. Se alguém fizer o bem ao próximo receberá o bem, se fizer o mal receberá como paga o mal.
“E por meio de você eu abençoarei todos os povos do mundo!”
Esta promessa está ao nosso dispor. Quando nos despimos de todos os empecilhos ela nos alcança.
Gálatas 3/ 13-14: Porém Cristo, tornando-se maldição por nós, nos livrou da maldição imposta pela lei. Como dizem as Escrituras: “Maldito todo aquele que for pendurado numa cruz!” Cristo fez isso para que a bênção que Deus prometeu a Abraão seja dada, por meio de Cristo Jesus, aos não-judeus e para que todos nós recebamos por meio da fé o Espírito que Deus prometeu.
É o Espírito Santo que nos capacita a viver o evangelho de Cristo de modo puro e simples, e com autenticidade.
Gênesis 12/ 4-6: Abrão tinha setenta e cinco anos quando partiu de Harã, como o Senhor havia ordenado. E Ló foi com ele. Abrão levou a sua mulher Sarai, o seu sobrinho Ló, filho do seu irmão, e todas as riquezas e escravos que havia conseguido em Harã. Quando chegaram a Canaã, Abrão atravessou o país até que chegou a Siquém, um lugar santo, onde ficava a árvore sagrada de Moré. Naquele tempo os cananeus viviam nessa região.
Vamos trazer estes versículos para os nossos dias. Quando começamos a andar no evangelho sem demora nós nos depararmos com os cananeus, nos nossos dias são os PhD, doutores em divindade, bacharéis em filosofias que se intitulam os donos da boa terra dada pelo Senhor, mas que na verdade estão milhas, e milhas de distância do verdadeiro evangelho.
Gênesis 12/ 7: Ali o Senhor apareceu a Abrão e disse: — Eu vou dar esta terra aos seus descendentes. Naquele lugar Abrão construiu um altar a Deus, o Senhor, pois ali o Senhor havia aparecido a ele.
Para o então Abrão Deus dissera que iria dar a terra aos seus descendentes, Vamos conferir o que o Senhor fala a nosso respeito.
Mateus 11/ 25: Naquela ocasião Jesus disse: — Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos!
Deus não tem nada contra os intelectuais, desde que os mesmos se achegam a boa terra com humildade, com a simplicidade de uma criança, e mansidão, e não com arrogância, e truculência.
Mateus 5/ 5: Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Gálatas 5/ 22: Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
A primeira condição exigida para que possamos herdar uma nova consciência de acordo com o evangelho de Cristo é a mansidão, e esta virtude é produzida pelo Espírito Santo, e não por meio do nosso intelecto.
Gênesis 12/ 8-10: E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor. Depois caminhou Abrão dali, seguindo ainda para o lado do sul. E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra.
Gálatas 3/ 8: Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
Abrão resolvera em seu coração abandonar a terra prometida e entrar no Egito, espiritualmente falando, decidira abandonar a consciência do evangelho, e abraçar uma consciência pagã.
No meu caso, quando me deparei com a fome espiritual, sem delongas recorri aos ensinamentos dos doutores em divindades, bacharéis em filosofias, e coisas semelhantes a estas e perdi anos de minha vida andando em círculo, assim como o povo de Israel andara quarenta anos no deserto, até me dar conta de que os ensinamentos de Cristo são tudo em todos, e sobremodo simples, e preciso.
Gênesis 13/ 1: Subiu, pois, Abrão do Egito para o lado do sul, ele e sua mulher, e tudo o que tinha, e com ele Ló. E era Abrão muito rico em gado, em prata e em ouro.
Ló persistia em seguir o seu tio Abrão, e como o mesmo também levava ovelhas, cabras, gados, empregados e sua família, a terra passara a não ter mais capacidade para poderem habitar juntos, visto que não havia mais pastos para alimentar os animais de ambos. Por isso os homens que cuidavam dos animais de Abrão começaram a brigar com os que tomavam conta dos animais de Ló. Este fato fizera com que o então Abrão propusesse uma separação, sendo que Ló passara a habitar nas cidades da campina, e fora acampando até chegar a Sodoma, enquanto que Abrão habitara na terra de Canaã.
Gênesis 13/ 14-15: Depois que Ló foi embora, o Senhor Deus disse a Abrão: — De onde você está, olhe bem para o norte e para o sul, para o leste e para o oeste. Eu vou dar a você e aos seus descendentes, para sempre, toda a terra que você está vendo.
A partir de agora vamos fazer uma rápida retrospectiva para podermos compreender os versículos (14-15).
Gênesis 12/ 1: Certo dia o Senhor Deus disse a Abrão:
— Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que eu lhe mostrarei.
A recomendação era deixar todos os parentes, inclusive os da casa de seu pai, porém, Abrão saíra com o seu sobrinho a tiracolo, e as consequências deste ato de rebeldia nós encontramos em Gênesis 12/6-7: Abrão atravessou o país até que chegou a Siquém, um lugar santo, onde ficava a árvore sagrada de Moré. Naquele tempo os cananeus viviam nessa região.
Ali o Senhor apareceu a Abrão e disse: — Eu vou dar esta terra aos seus descendentes.
Enquanto Ló estava com ele à promessa somente era válida para sua descendência, mas no momento em que houvera a separação a promessa passara a ter validade também para o mesmo, uma vez que assim está escrito no verso (15): Eu vou dar a você e aos seus descendentes, para sempre, toda a terra que você está vendo.
Ou seja, depois que o seu sobrinho deixara de andar ao seu lado a promessa que tinha validade somente para a sua descendência passara a ter validade também para os seus.
Mateus 9/ 16-17: — Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco.
Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Pelo contrário, o vinho novo é posto em odres novos, e assim não se perdem nem os odres nem o vinho.
De certo modo Abrão estava usando retalho de pano novo para remendar uma roupa velha, e colocando vinho novo em odres velhos quando consentia que Ló o seguisse, e o que aprendemos com o patriarca dos judeus é que se despimos de tudo que é velho para que possamos receber o novo, isto é, para que possamos receber uma nova consciência, segundo o evangelho de Cristo.


Biografia:
Evangelista e músico! Livros publicados mediante demanda:Mecânica Quântica e a Bíblia, As Pedras Grandes e Benai Elohim e Nephilim
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