Às vezes me considero sem estética
E sou energia mecânica em potencial,
Contudo não sou febril, não faço mal,
Sou turbinas e me movo com a cinética.
Não há espaço em mim para a inércia,
Minha velocidade é deveras magnética...
Para alguns, em meu bojo falta a ética,
Pois dizem que há ausência de modéstia.
Ventos fortes me fazem produzir força
E numa tempestade eólica sou luminoso,
É o sol que irradia em mim mui cobiçoso
A fim de que as palavras eu não distorça.
A combustão química em mim se opera,
Por isso sou térmico na produção do fogo,
Todavia como em mim nada é muito novo,
Porquanto estou idoso perante a primavera.
De vez em quando me percebo biomassa
E estou energeticamente carregado de luz...
Nas ondas dos mares o fluxo se reproduz
Diante do petróleo que breve será carcaça!
DE Ivan de Oliveira Melo
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |